Capítulo 49

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Safira se afogou com o suco
- O que? A senhora está enganada. Eu? Grávida? Isso é loucura, não dá. Eu tomo aquela injeção! Não, isso não. Meu Deus. Senhor tem misericórdia de mim!
Chica a acudiu batendo em suas costas
- Você usa algum anticoncepcional ou algo do tipo?
Ela estava tremendo nervosa
- Injeção pra não ficar menstruada. Não sei direito dessas coisas, minha mãe me levava pra tomar, ela faleceu antes de eu mudar pra cá.
Chica a amparou, deu água com açúcar
- Acho que tudo está respondido, menina tinha que usar camisinha, se prevenir. Se eu fosse você, pediria para o Treze levá-la num ginecologista urgente.
Safira não acreditava naquilo, ela só desconfiava desde o início que tinha algo errado com seu corpo, achou que era por estar trans.ando muito, as cólicas, seios sensíveis, sua intimidade diferente, também não tinha noção dos dias, das semanas, teve medo de estar doente sendo um fardo maior ainda a ele, achou que se não pensasse sobre isso ignorando as mudanças, talvez tudo se resolveria e não seria mais um problema para ele ter que resolver, em pânico a última coisa que ela queria naquele momento, era um filho pra atrapalhar sua vida, e a deixar mais ligada ainda ao Treze e aquela vida. Dona Chica ainda a alertou, sobre os homens daquela vida, muitas vezes, preferirem interromper a gestação, mais tentando concertar, comentou que Treze ficou muito feliz com a gestação de sua falecida companheira.
Ele estava resolvendo problemas no morro, muito bravo com tudo e todos, cansado de não tra.nsar, com vontade de se aliviar e matar as saudades de Safira. Ele sabia que ficar dias sem aparecer em casa era uma forma de ouvi-la e acalmar a fera, porque sempre era bem recebido, o medo que ela ficava a fazia baixar a guarda.
Pela primeira vez em semanas, ele estava sendo muito pressionado com problemas no tráfico uma fonte segura comentou com os chefes da facção, que iriam invadir o morro, e era do conhecimento de todos, que quando ele tinha problemas, havia apenas dois caminhos resolver ou morrer, e também o evitar, porque assim como o Frango, outros " inocentes " podiam virar alvo de sua fúria incontrolável.
Sentindo a cabeça doer e a pressão bater à porta, Treze precisava relaxar, alinhar os pensamentos, pensar na proteção de sua preciosa, que seria alvo fácil continuando lá. Tentado encontrar algo ou alguém, e respeitar escolha de Safira, ele resolveu ir num pagode que estava começando, era aniversário de um dos meninos, o Dodô estava lá curtindo ostentando, com alguns membros da organização.
Quando o Treze chegou foi muito bem recebido, a bastante tempo ele estava afastado das festas. Gigi estava lá muito bem arrumada dançando bebendo, seus olhares se cruzaram e as memórias voltaram passando pela cabeça dos dois, ele estava daquele jeito " Treze " . Tentando esquecer de tudo e não descontar sua ira em sua amada, ele ficou sentado de canto bebendo whisky puro com gelo, enquanto algumas mulheres foram chegando e sentando na mesa, Gigi permaneceu o olhando, só esperando ele sair de lá acompanhando, sendo infiel a Safira.
Depois de vários copos, duas carreiras de pó, e alguns cigarros, ele se sentiu mais solto, sua culpa foi o deixando, tinham chego mais mulheres e algumas de fora do morro, ele levantou foi conversar com a Sene falando sobre as armas que estavam escondidas em uma caixa d'água, reparou que uma garota de longos cabelos loiros olhava para ele sem parar, ela vestia um shorts jeans desfiado mostrando a poupa do bumbum,  uma blusinha preta curta com um grande decote onde os olhos de Aylan se perderam naqueles enormes seios artificiais siliconados, ela não parecia da comunidade, era do tipo poderosa, burguesa o lembrou de Amabile até. Passou um filme pela sua cabeça, olhando fixamente pra ela, viu de repente a jovem alta e magra, se levantando, parecia uma Barbie, de óculos escuros se aproximou-se dele, ergueu os óculos escuros
- Oi, tudo bem? Nunca te vi por aqui. Você é novo? Eu sou nova!
Ele sorriu a encarando nos olhos
- É, uma delícia como você, a gente não vê por aqui todos os dias. Pô com certeza eu não esqueceria, se já tivesse te encontrado alguma vez. Só vim dar uma olhada nos negócios, relaxar com os aliados .
Ela acendeu um cigarro com o dele
- Entendi. Sempre bom relaxar, eu queria conversar contigo, qualquer dia.
Ele sorriu irônico
- Qualquer dia se pá, quem sabe. Ou agora? Solta a voz aí .
Um dos soldados se aproximou o servindo
- Toma aí patrão, geladinho.
Ela ficou olhando intrigada
- Você é o dono daqui? Desse morro?
Ele virou o copo em uma golada só 
- Calma ae, novinha. Dono é uma palavra muito forte tá ligada. Estou mais pra gerenciador de negócios.
Ela mexeu no cabelo, ajeitou o decote tentando chamar a atenção, se oferecendo
- Eu diria que é quase a mesma coisa, o chefe!
Ele ficou sério tentando se impor ao papo dela
- E pelo jeito você tem problema em conversar com trafi.cante?
Ela encostou ao lado dele rindo
- Não tenho, que isso. Posso ser sincera?
Ele se virou a encarando de mais perto
- Pode, solta a voz aí gostosa.
Ela chegou mais perto ainda, se aproximou do ouvido dele
- Então… Eu fico excitada só de falar com bandido gostoso igual você, minha xota senta com força roçando na peça.
Ele começou rir
- Você é bem direta!
Ela se o tocou sutilmente no braço, olhando se insinuando
- Sou do tipo que sabe o que quer. Uma mulher, não uma menina!
Ele colocou a mão em cima da dela
- É memo?
Ela mordeu os lábios
— Sim.  O que acha de me levar daqui para um lugar mais privado? Só pra gente troca uma idéia, fuma um do bom.
Ele viu uma oportunidade de descarregar o estresse, comendo a garota que praticamente se jogava no colo dele, era bonita, cheirosa, com certeza ia o satisfazer rapidamente e a tempos, ele não transava como gostava, usando drogas, sendo selvagem. Era uma oportunidade excitante, mas estranhamente ele pensou na Safira e isso o deixou mais irritado ainda. Ele nunca havia negado ir para cama com nenhuma mulher tão boa dentro ou fora do morro, claramente não era a aquele altura da vida, que faria, ainda mais por causa de uma garota como Safira, que deixava claro o quanto estava insatisfeita com a vida deles.
Ele começou tocar nela fazendo carinho, pegou no bumbum apertando
- E você conhece algum lugar assim por aqui?
Ela começou rir
- A minha casa. Todos saíram e só estaremos eu e você, o que acha? Só que é meio longe.
Ele entrelaçou os dedos aos dela, imaginando o quanto ia a fo.der com toda sua força
- Eu acho perfeito! Já é. Bora lá?
Ela não acreditou
- Vamos mesmo? É na avenida, saindo daqui.
Ele a conduziu pela mão, foi pegando bebida seguido da garota, Gigi o encarava com deboche, imaginando que ele nunca mudaria mesmo.
Os dois sairam de lá, ele disse que ia a levar pra um lugar especial, melhor que a casa dela, começaram trocar alguns beijos no caminho, se agarrando pelas vielas, ele percebeu que a garota era muito mais quente do que aparentava, estava apertando o pau dele, querendo chupar na rua, enfiou a mão dele dentro de sua calcinha.
Depois de andarem alguns metros, eles chegaram na antiga casa dele, onde morava com Amabile. Desinibida a garota entrou na frente tirando a roupa, andou alguns passos bebendo whisky na boca da garrafa, elogiou a casa, percebeu que ele tinha ficado parado perto da porta
- Vai ficar aí parado? Erramos de casa?
Ele pegou o shorts dela jogou em cima
- Qual seu nome?
Ela ficou só de calcinha
- Adriana. Fiz algo errado?
Ele pegou as roupas dela, colocou em sua mão e foi sentar no sofá
- Adriana, cê tem que vazar. Mete o pé!
Ela ficou confusa
- O que?
Ele encostou a cabeça olhando para o teto
- É isso que cê ouviu. Tem que vazar, mete o pé po.rra!
Ela foi se aproximando
- Você tá loco? Você me fez vir até aqui e agora quer pula fora? Não sou bonita pra você?

Aylan MORRO ( CONCLUÍDO )Onde histórias criam vida. Descubra agora