Última carta pra ela

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se nós não somos alguma coisa hoje,
é por completamente sua culpa.
eu deixei subentendido desde o início as
intenções que tinha com você,
se nós não somos algo hoje,
foi por conta de sua própria indecisão,
que confuso também me deixou.
eu sabia que queria estar com você
independente dos sacrifícios e escolhas
que teria que fazer, eu sabia que a minha única escolha sempre seria você.
já você não, você tinha medo,
tanto medo, da decepção de
quem mais amava. (que não era eu)
eu não sei quem eu puxei,
mas de uma coisa eu sei,
quando tomo uma decisão,
eu raramente volto atrás por qualquer
coisa que for.
é triste eu colocar vc em um patamar
em que jamais alguém ficou.
e vc me trocar tão facilmente,
por um empecilho que você mesma criou.
talvez fosse o meu jeito que te assustou, ou o modo em que ele combinava tanto com o seu, você não era acostumada a essa intensidade com tanta reciprocidade. sinceramente, eu não entendo porque as pessoas tornam tudo tão complicado, mesmo aquelas coisas que seriam facilmente resolvidas.
na verdade, eu acho que sei,
medo,
o medo paralisa,
o medo é o que causa tanta
dor entre eu e vc,
se ao menos eu pudesse,
eu me tornaria um assassino
ao matar o medo por você.
para que pelo menos assim
a gente talvez pudesse tentar
viver um pouco de felicidade.
eu sei,
as vezes eu me sinto como uma
bomba relógio perto de explodir,
explodir de amor, paixão,
solidão e frustração,
de não poder enfim,
viver o caos que existe entre tu e eu.

Miguel.

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