Capitulo 6

7 1 0
                                    

Eu sei, muita coisa aconteceu durante esses 8 anos que eu pulei a história, nada demais acontecia, mas achei importante ressaltar algumas coisas.
Eu nunca esqueci daqueles olhos e do nome Katie, mas também não fiquei preso a ele. Sim, depois daquela enorme festa que parecia mais aniversário da cidade do que da vovó, eles estavam certos, foi o último aniversário que vovó Eliza passou em vida e ainda mais com a família reunida.
Muita coisa mudou depois disso, a família se separou bastante e nunca mais fizeram jantares e reuniões de família (nunca até senhor Henrique -vulgo meu pai- falecer).
Conheci várias belas moças, me encantei com olhos azuis, verdes e até mesmo castanhos. Só que... nunca como aqueles olhos castanhos. Eles tinham sua beleza própria, mas aqueles olhos também.
Nunca esqueci, mas também nunca fui atrás. Nunca fiz questão, imaginei ser somente algo passageiro, de criança, talvez seja coisa da minha cabeça.
Até que nos reencontramos de novo e 8 anos depois e percebi que nada havia mudado, não era minha imaginação, era real. O mel de seus olhos me sugavam, me atravessavam, via tudo através de minha alma. Talvez seja o tal de "os opostos se atraem", por meus olhos serem verdes e os dela castanho, talvez tenha algo como os elétrons e prótons que atraem um ao outro sem mesmo se darem conta.
Aos 15 anos comecei a trabalhar como menor aprendiz no mercado, meu pai dizia que precisava me adaptar e aprender com as responsabilidades da vida, que um dia eu viria a ter que substituí-lo, e ele estava certo.

amor imprescindível Onde histórias criam vida. Descubra agora