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Ao entrarmos na enfermaria do palácio real, vemos Leonor deitada na cama com um braço sobre os olhos.

—Amiga? —Chamo por ela que rapidamente tira o braço dos olhos.

—Foi horrível. —É tudo o que ela fala antes que eu a abrace.

Fato horrível sobre a Leonor: ela mantém a pose de durona 99,9% das vezes. Segundo ela, princesas não podem chorar longe da proteção de seu quarto.

Depois de alguns minutos, me separo dela e pego um papel para ela limpar o rosto.

—Me conta alguma coisa boa.

—Hum, eu saí de casa. Estou oficialmente morando com o Pedrí.

—Sério? Quando isso aconteceu? —Olho no meu relógio de pulso.

—Umas duas horas, mais ou menos.

—Você acha que essa é a coisa certa?

—Sim, o Pedrí é maravilhoso, ele é cuidadoso, companheiro e eu amo ele. E fora que ficar longe da minha mãe é motivo o suficiente para eu aceitar.

—Concordo plenamente com você. Você veio sozinha?

—Não, o Pedro e o Ansu Fati estão lá fora.

—O Ansu? —Pergunta com o cenho franzido.

—Não me olhe assim, se você não sabe imagina eu? —Me levanto da beirada da cama e volto a falar: —Inclusive, ele me pediu para deixar vocês a sós.

—Não faça isso, eu tô horrível e sem uma perna. —Choraminga.

—Você sabe que sua vida vai seguir normal, certo?

—Só que sem uma perna.

—Tecnicamente. Você vai usar uma prótese daqui alguns dias e vai arrasar.

—Eu tenho medo do que o povo vai falar. Sabe, sempre fui cheia de não faça isso, não fale, não coma, tudo isso para fazer uma boa imagem.

—Não termine sua frase, quando você aparecer com a perna assim, você ira ver que não é o fim do mundo. Eu prometo. Qualquer coisa eu bato em alguém por você.

—Eu espero que não precise chegar a esse ponto.

—Eu acredito que não chegue, mas sempre tem um louco e eu sou uma louca que bate em loucos que batem na minha amiga. —Ela ri.

—Obrigada, Vi. Agora me ajuda a me arrumar.

Levanto a cama, deixando em 80°, faço um rabo de cavalo nela e finalmente saio do quarto.

—Ansu, pode entrar. —Sem pensar duas vezes o Ansu entrou no quarto e fechou a porta.

—Como ela está?

—Ótima! Uma princesa, como sempre.

—Que bom. —Grudo nossos lábios em um selinho, que logo vira um beijo lento. Se eu pudesse escolher um lugar para passar o resto da minha vida, seria nos braços do Pedrí. É surreal a sensação de paz e segurança que ele me traz.

—Eu sou muito sortuda de ter você. —Falo passando meu indicador em sua mandíbula, bochecha, sobrancelha.

—É mesmo. —Pedrí fala e me dá uma mordida no meu pescoço. —Eu te amo.

—Eu te 'desamo', a partir de agora. Eu ia fazer uma declaração bonitinha. —Falo cruzando os braços e fazendo um biquinho que ele prontamente beija, fazendo com que eu não consiga manter a minha pose de durona por muito tempo já que esse homem a minha frente me desarma facilmente e me deixa com uma vontade louca de sorrir. —Você não pode fazer isso. —Falo afastando dele. —Vai parecer que eu sou caidinha por você. —Encosto na parede oposta a dele. O corredor faz eco de nossas vozes.

—E, é claro que, você não é caidinha por mim.

—Sim. —Falo com firmeza.

—Então eu posso fazer isso, —Ele se aproxima de mim, me encurralando entre a parede e seu corpo, e cheira meu pescoço, me arrepiando todinha. —e você não vai sentir nada? Ou se eu te beijar você vai me afastar, ao invés de retribuir? —Pedrí morde meu lábio inferior. —Sabe, pela reação do seu corpo acho que você está caidinha por mim. —Ele sussurra no meu ouvido e depois morde o lóbulo da minha orelha.

—Você é muito bom nesse jogo. —Falo ofegante e grudo nossos lábios em um beijo, me separo dele ao ouvir passos na escada. Pedrí rapidamente inverte nossas posições, ficando encostado na parede e eu entre suas pernas para tampa-lo.

—Boa tarde, Vossa Majestade. —Cumprimento o rei.

—Boa tarde, Vitória. Já falou com a Leonor?

—Sim, só estou esperando o Ansu Fati terminar de conversar com ela. Esse é o Pedri, meu namorado.

—Muito prazer.

—O prazer é meu, Vossa majestade.

—Vou falar o que eu já falei para a Vitória. —Ele me repreende com o olhar. —Me chame de Filipe.

—Sim, senhor.

—Antes de ir embora me chamem, vou deixar vocês a vontade. Obrigado por ter vindo.

—Não precisa agradecer, Filipe. —Com um aceno de cabeça ele vai embora.

ME LIBERTA | PEDRI GONZÁLEZOnde histórias criam vida. Descubra agora