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Eu já estava planejando essa visita a meses, mas eu não tinha a desculpa perfeita para estar aqui

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Eu já estava planejando essa visita a meses, mas eu não tinha a desculpa perfeita para estar aqui.

Agora eu tenho.

—Ansu, pensei que já tinhamos conversado sobre isso.

—Você falou sobre isso e não eu.

—Sabe eu não sou o Gavi, o jogador que todas sonham e querem. Nem o cara que o rei julga ser o melhor para você e eu não me importo com isso. Sinceramente, eu quero você, independentemente do que os outros dizem ou pensam.

—Agora as coisas mudaram, eu não tenho uma perna mais.

—Por que isso seria um problema?

—Não é óbvio?

—Não, até porque eu não me apaixonei por sua perna.

—Para de falar besteira, você não se apaixonou por mim.

—Ok, acredite no que você quiser, mas agora você vai aceitar a minha ajuda.

—Eu não quero a pena de ninguém. —Depois que eu disse à Leonor sobre os meus sentimentos ela ficou na defensiva e isso me irrita a nívels estratosféricos.

—Quer saber? Esquece, eu não quero mais nada com você além da amizade. —Falo passando o polegar e o indicador na ponte do meu nariz.

—Finalmente você entendeu.

—Mas eu vou te ajudar, não vou aceitar que você fique ai deitada se fazendo de pobre coitada.

—Eu não... —Corto ela no meio da frase.

—Não sou mais o Ansu, agora sou o... —Olho ao redor e vou até a mesinha que tem ali. —Gênio do bule. As coisas vão ser mais devagar do que a do gênio da lâmpada, porque o bule é maior. Mais é só por isso. —Ela ri e nega com a cabeça. —Ah, e não adianta esfregar o bule, tem que me mandar mensagem ou ligar, ainda não tenho o poder sensitivo. —Coço a cabeça.

—Isso é só para gênios experientes?

—Exatamente. Qual seu primeiro pedido? Qualquer coisa.

—Minha perna de volta.

—Bom, seu desejo é uma ordem.

—Ei, —Ela me chama bem humorada. 1 para o Ansu, 0 para a tristeza. —acho melhor você não ir ao IML atrás de uma perna.

—Eu sou o gênio do bule, se você quiser sua perna, você terá ela de volta.

—Juízo, Ansu.

—Tudo por você, princesa. —Vou até ela e beijo sua testa. —Libera a minha entrada.

—Você quer passe livre no castelo?

—Sim. —Com essa última palavra eu saio do quarto e ainda escuto ela gritar 'abusado'.

Parece que a conversa foi produtiva.

—Você não tem ideia, Vitória.

—Vocês querem fazer uma coisa boa? —Vitória pergunta abraçada ao Pedri.

—O que? —Pedrí pergunta.

—Tem um campinho a algumas quadras daqui, algumas crianças sempre se reúnem lá. Que tal aparecermos lá e jogarmos uma bola com eles?

—Partiu? —Pedri pergunta me olhando

—Partiu.

Pedri dirige seguindo as instruções da Vitória e cinco minutos depois, estacionamos.

O campinho é um lugar aberto e pelo o que eu entendi é de graça e a própria comunidade faz as manutenções necessárias.

—Pensei que você iria surtar quando visse a Leonor. —Pedrí fala tirando o blusão.

—Por que? Claro que ao ver ela meu coração se apertou, mas ela já está com todo suporte possível e necessário, fora que com certeza estarei lá todos os dias para fazer companhia e quando ela puder sair eu estarei com ela e assim por diante. —Vitória da de ombros. —O que aconteceu com ela foi horrível, mas ela está viva e só por isso já é motivo o suficiente para comemorar. Além do mais, a vida dela vai seguir normal, no início será meio difícil todas as fisios, acostumar com a prótese e com as dores fantasmas, mas depois disso ela vai ser a nossa princesinha como sempre.

—Falou bonito. —Comento jogando meu blusão no banco traseiro.

—Vamos?

—Vamos.

ME LIBERTA | PEDRI GONZÁLEZOnde histórias criam vida. Descubra agora