Capítulo 2.

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Pov Priscila Caliari.

— Anna Carolyna Borges. O prazer é todo meu - seu sorriso aumentou.

— Seu rosto me é familiar. Nós já nos conhecemos? - perguntou.

Nossas mãos ainda estavam em contato uma com a outra. Não conseguia desviar meu olhar de seus olhos. Tão lindos.

Hipnotizantes.

A voz dela era carregada de um tom rouco, mas delicado.

Senti minha garganta secar e rapidamente tratei de engolir mais saliva em uma tentativa falha de trazer alívio para a sensação cortante.

O quê está acontecendo, Priscila? Concentre-se e responda a pergunta da mulher.

— Creio que esta seja a primeira vez, mas talvez tenhamos nos esbarrado na rua ou algo assim. Nova Iorque é uma loucura, não? - respondi, quebrando o contato entre nossas mãos.

A mulher na minha frente soltou um riso baixo,
sorrindo, o que fez com que seus olhos se
fechassem um pouco e, como se lembrasse de algo, disse:

— É bem provável que isso tenha acontecido.

Fernanda observava a cena atentamente e percebendo o silêncio se formando no ambiente, resolveu se pronunciar.

— Então filha, estava mostrando para Priscila os seus últimos modelos. Ainda não chegamos a uma decisão. Quer nos ajudar?

— Você é estilista? - perguntei interessada, não deixando com que ela respondesse a pergunta da mãe.

— Sim, todos os modelos da loja são criações
minhas. foi a vez de Carolyna responder.

— Você tem um talento impressionante, Carolyna. Sua mãe me mostrou alguns e, sinceramente, um é mais lindo que o outro! Vai ser difícil escolher.

— É o vestido que escolhe você, Priscila. - minha mãe entrou na sala, acompanhada de Clara. - Anna Carolyna, querida! Como você está?

- Adriana! Eu estou ótima e a senhora? - as duas se abraçaram.

Foi impossível esconder meu semblante confuso.

De onde elas se conhecem?

A pergunta ecoava pela minha cabeça.

— Vocês se conhecem? - não consegui conter a curiosidade.

— Sim, querida. Ela é umas das clientes mais especiais da cafeteria, passa lá todos os dias.

Então Carolyna era cliente da cafeteria da minha mãe.

Interessante.

— Já experimentou algum vestido? - Carolyna
perguntou.

— Ainda não.

A morena olhou para o visor de seu celular e em seguida voltou a me olhar.

— Ainda tenho alguns minutos antes de ir. Acho que tenho algo que vai ficar perfeito em você. Irei buscar, com licença.

Dito isso, a mulher saiu acompanhada de uma das funcionárias em direção à uma escadaria.

[...]

Não demorou muito para que Carolyna e a
funcionária voltassem para a sala onde estavam eu, Fernanda, mamãe e Clara. Dessa vez, ela estava com o que julguei ser um vestido, coberto por uma capa preta.

- Olha... - ela fez uma pausa, enquanto abria o
zíper da capa que cobria o vestido. - Ainda não está pronto, faltam algumas pedrarias na parte de cima, mais alguns detalhes com a renda e mais umas outras coisinhas. Acho que foi uma das peças mais trabalhosas que eu já fiz. E uma das mais bonitas também. Vai ficar perfeito em você. - ela fez contato visual comigo e percebi que rapidamente passou os olhos pelo meu corpo.

The Rain | CapriOnde histórias criam vida. Descubra agora