Capítulo 9.

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Maratona.
                                        4/5
                                         🥀

Pov Anna Carolyna.

Havia acabado de trancar a porta do meu apartamento quando senti meu celular vibrando no bolso de trás da minha calça.

Deixei o molho de chaves em cima da mesa e andei em direção ao sofá, enquanto tirava o celular do bolso para atender à ligação.

Me surpreendi ao ver o nome de Priscila brilhando no visor do aparelho. Sem pensar duas vezes, atendi a ligação, ainda confusa.

- Pri?

- Oi, Carol... - sua voz estava um pouco rouca.

-  Você está bem? - perguntei.

- Você está ocupada? — ela me respondeu com outra pergunta.

- Não muito, acabei de entrar em casa. Aconteceu algo? Tá tudo bem, Pri?

O que faria Priscila Caliari me ligar às 21:30 de uma sexta-feira?

- Vai ficar se você puder vir aqui em casa. Aconteceu uma coisa e eu não quero ficar sozinha.

Arregalei os olhos quando a ruiva terminou de falar.

Ela realmente estava me convidando para ir até sua casa? À noite?

Ouvi o barulho de algo pesado atingindo o chão e quando me dei conta, percebi que havia deixado meu celular cair.

- Merda! - - resmunguei ao virar o aparelho e perceber que sua tela estava parcialmente rachada.

- Carol? - ouvi a voz feminina em um tom bem baixinho por não estar perto o suficiente do auto falante do celular.

- Desculpe, meu celular escorregou da minha mão e caiu com tudo no chão. A tela rachou.

- Oh meu Deus, cuidado! Eu... -  silêncio. - Tudo bem se você não puder vir, ok? Só pensei que...

Não ir?

Essa definitivamente não era uma opção.

- Estou a caminho. Uma tela rachada não vai me impedir de te ver. Chego aí em menos de 20 minutos. - levantei-me do sofá e fui em direção ao balcão para pegar minhas chaves.

- Mesmo? - ela parecia animada.

- Mesmo. Estou saindo de casa agora. - tranquei a porta e apertei o botão, chamando o elevador.

- Porra! - ela disse após ficar alguns segundos em silêncio.

- Tudo bem por aí?-perguntei preocupada.

- Sim. Eu só tropecei aqui.

- Tente se manter viva até eu chegar, ok? - brinquei.

- Não posso prometer nada. - ela riu.

O barulho do elevador anunciou que ele finalmente havia chegado até meu andar, então resolvi encerrar a chamada antes de
perder o sinal:

- Até daqui a pouco, Pri. — me despedi.

- Até! - ela respondeu.

[...]

O trajeto até o apartamento de Priscila foi tranquilo. O trânsito era quase inexistente naquele horário.

Estacionei meu carro no mesmo lugar onde havia estacionado na primeira vez que a trouxe até sua casa. Tranquei-o e atravessei a rua com cuidado.

Chegando ao outro lado, subi alguns degraus até chegar ao portão, onde apertei o botão do
interfone:

The Rain | CapriOnde histórias criam vida. Descubra agora