Capítulo 18.

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Pov Anna Carolyna.

- E se você dormisse no meu apartamento - perguntei.

- O quê? Carol, não! - Priscila respondeu.

- Pri, não vai ser incômodo algum se é isso que está pensando. E além disso, estamos muito mais perto do meu apartamento do que da loja de vestidos para buscar suas chaves.

- Tem certeza? - ela perguntou.

- Absoluta. Você pode ficar no quarto de hóspedes, está tudo certo.

- Seu apartamento tem um quarto de hóspedes? Que chique! - ela respondeu dando risada.

- Na verdade é um segundo quarto comum, mas como sou solteira e ainda não tenho filhos, transformei-o em um quarto de hóspedes.

Continuamos a conversar enquanto eu fazia o caminho de volta para o meu apartamento, o que levou cerca de uns quinze minutos.

Chegando na entrada do prédio, aproximei meu carro do portão branco da garagem e ele logo foi aberto, permitindo com que eu entrasse no estacionamento. Desci até o terceiro subsolo e estacionei o carro na vaga com o número do meu apartamento.

- Prontinho, chegamos. - falei enquanto tirava o cinto de segurança.

- Chegamos rápido! - Priscila respondeu.

- Eu disse que estávamos perto. - respondi. - Vamos?

-Vamos.

Saímos do carro e seguimos em direção ao elevador que, felizmente, não demorou muito tempo para chegar.

Ao entrarmos no cubículo de metal, pressionei o último botão com o número 20 marcado em seu centro e me encostei contra a parede do elevador.

Observei Priscila fazer a mesma coisa na parede oposta à minha e sorri. Suas roupas estavam encharcadas iguais as minhas e seu cabelo molhado permitia que alguns fios grudassem em seu rosto.

- Estou morrendo de frio! - ela falou puxando assunto e esfregou suas mãos contra os braços.

- Vamos resolver isso daqui a pouquinho. - falei.

A voz robótica da mulher anunciou nossa chegada à cobertura do prédio e em seguida as portas do elevador foram abertas.

Aproximei-me da única porta disponível e tirei a chave do meu bolso traseiro.

- Você tem o andar inteiro só pra você? - Priscila perguntou curiosa, ainda passando as mãos nos braços.

- Sim. - olhei para ela sorrindo.

- Que sonho! - ela exclamou surpresa e eu ri de seu comentário.

- Minha casa, sua casa - falei ao terminar de destrancar a porta e abri-la.

Entrei primeiro fazendo um gesto com a mão
permitindo com que Priscila também pudesse
entrar, ficando parada no pequeno corredor de entrada.

- Quer tirar a jaqueta? - perguntei e a ruiva me olhou surpresa.

- Tirar? - ela respondeu.

- Está molhada, posso colocar para secar junto com a minha. - tirei minha jaqueta ficando apenas com uma camiseta de malha fina que também estava molhada.

- Ah sim! Por favor, se não for atrapalhar. - Priscila respondeu tirando a peça molhada de seu corpo revelando a regata preta de alças finas que usava.

Reparei em sua pele arrepiada e rapidamente segurei sua jaqueta.

- Bom, vou te mostrar seu quarto. É uma suíte, então pode ficar completamente à vontade para tomar banho e se esquentar. - falei.

The Rain | CapriOnde histórias criam vida. Descubra agora