Capítulo 15.

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Pov Priscila Caliari.

Depois de me encontrar com Carolyna na cafeteria, voltei para casa, onde fiquei pelo resto da tarde esperando por Gustavo, que só apareceu quando o céu de Nova Iorque já estava coberto pela camada sombria da noite.

- Ainda acordada, amor? - ele perguntou ao terminar de trancar a porta e perceber minha presença no sofá da sala.

- Sim, querido. Estava te esperando. - sorri

- Não precisava. Falei que a reunião ia durar até tarde, não lembra?

- Lembro sim, mas mesmo assim quis te esperar para comemorarmos juntos. Você foi escolhido? - perguntei animada.

- Claro que fui! Você ainda tinha dúvidas de que o Otavio me escolheria? - ele perguntou de volta.

- Dúvida alguma! Fico feliz que ele confie no seu trabalho para um evento tão importante.

Gustavo se aproximou de mim e selou nossos
lábios.

- O que aconteceu? Você está muito feliz. - ele
perguntou.

- Você foi um dos escolhidos. Não posso ficar feliz pela conquista do meu noivo? - perguntei, ficando de pé e envolvendo seu pescoço com meus braços.

- Não só pode como deve ficar feliz por mim.
- ele falou e segurou em minha cintura. - Adoro quando você fica assim.

Aproveitando meus braços em torno de seu pescoço, aproximei meu rosto daquela região e ali me deixei ficar por alguns segundos.

A mesma essência fortemente adocicada de dias atrás invadiu minhas narinas, me fazendo
espirrar.

- Saúde! - ele falou, soltando meu corpo. - Amor, vou tomar um banho pra relaxar, me espere acordada, vamos comemorar.

- Estarei te esperando. - falei e sorri abertamente.

Esperei até que ele entrasse no banheiro e trancasse a porta para correr até meu quarto e procurar desesperadamente pelo meu celular.

Desbloqueei a tela e fui até minha agenda de
contatos, agradecendo ao encontrar o sobrenome de Carolyna na aba de ligações recentes, poupando-me tempo.

Entrei debaixo das cobertas e ali fiquei, aguardando ansiosa para que ela me atendesse, o que demorou apenas dois toques.

- E aí? - ela perguntou com a voz rouca.

- Primeiro, estou impressionada com a minha
capacidade de atuação. Sempre soube que as aulas de teatro durante o Ensino Médio me seriam úteis algum dia. - ouvi sua risada abafada do outro lado da linha. - E segundo, você não vai acreditar no que aconteceu.

- Como assim? - ela perguntou.

- Eu perguntei se ele havia sido escolhido na
esperança dele falar que não porque a reunião foi remarcada para amanhã durante a manhã, mas ao invés disso ele disse que a reunião durou mais do que o esperado e que foi escolhido pelo Otavio.

- Você está brincando? Que filho da puta! - ela
falou brava. - Desculpe, não aguentei.

- O que eu estou me perguntando é, se ele não estava na reunião, porque eu sei que ele não estava, onde mais ele poderia estar?

- Realmente... Sinto muito, Pri. Você merece
mais do que isso. Muito mais. - ela respondeu.

- As vezes também penso isso, sabia? - respirei fundo. - Mas enfim, nosso plano continua de pé?

- Claro que sim! Conversei com meu pai e ele adorou a ideia. Você já conversou com a Clara?

- Ainda não. Irei me encontrar com ela amanhã. Achei melhor conversar sobre isso pessoalmente.

The Rain | CapriOnde histórias criam vida. Descubra agora