Pov Priscila Caliari.
- Precisamos conversar.
Meu coração acelerado parecia estar cada vez mais próximo de sair pela minha boca.
Eu não sabia dizer se a bebida ainda fazia efeito e tudo não passava da minha imaginação, ou se meus olhos realmente estavam me mostrando a realidade.
Gustavo. Sentado no sofá. Com um buquê de rosas na mão.
Depois de encará-lo como se fosse uma assombração por tempo suficiente para assimilar que sim, ele estava ali, procurei palavras para tentar entender o que estava acontecendo.
- Primeiro, como você conseguiu entrar? Segundo, o que te faz pensar que é bem-vindo aqui?
Ele soltou um riso sarcástico, levantou-se e veio em minha direção.
- Caso não se lembre, eu ainda moro aqui, e por isso tenho uma cópia da chave. - olhei para sua mão direita e ele balançava o pedaço de metal que havia permitido sua entrada em meu apartamento.
- Obrigada por me lembrar que preciso ligar urgentemente para o chaveiro. - respondi.
- Eu vim em paz, Priscila. - ele me estendeu o buquê de rosas. - São pra você.
Peguei as rosas de sua mão e aproximei-as do meu rosto. Aspirei o delicioso aroma e sorri.
A expressão de alívio tomou conta do rosto de Gustavo, como se ele soubesse que com esse gesto iria me ter de volta.
- Bom, faça melhor da próxima vez.
Virei-me em direção a cozinha e fui até o lixo, onde joguei o buquê. Voltei a olhar para Gustavo, que agora observava a cena com um semblante surpreso.
- Já vi que vai ser mais difícil do que eu imaginava. - ele respondeu.
- Por que você não vai embora? São quase quatro horas da manhã. - falei.
- Eu sei, estou te esperando há horas. Inclusive, aonde estava até tão tarde?
- Sou eu quem faço as perguntas aqui. - respondi depois de contar mentalmente até dez. - O que quer comigo?
-Conversar. - ele respondeu.
- Sobre? Acho que não temos mais nada para conversar.
- Priscila, eu sei que você não me quer aqui, mas você precisa me ouvir.
- Se sabe que não te quero aqui, então por quê se deu o trabalho de vir?
- Eu vim te contar algo. - ele respondeu.
- O quê? - perguntei.
- Hoje teremos aquele almoço com toda a minha família.
Merda!
- E você não poderia ter, sei lá, enviado uma mensagem me contando?
- Sei que não iria me responder, então fiz questão de vir pessoalmente.
Ele tinha um ponto. Eu realmente não iria respondê-lo.
- Achei que isso só iria acontecer na semana que vem. - respondi.
- Você está certa. A data oficial era só no próximo sábado, mas alguns tios meus não conseguiriam vir, então o único final de semana disponível para todos acabou sendo hoje.
- Gustavo, eu não vou sair daqui agora. São horas até chegar à casa de seus pais e eu ingeri uma grande quantidade de álcool para poder dirigir. Invente uma desculpa e vá sozinho.
- Priscila, por favor! Você prometeu que iria e, além disso, o almoço será para celebrar nosso noivado, eu não posso aparecer lá sozinho!
- Mesmo que eu quisesse ir, o que eu não quero, nunca chegaríamos a tempo de um almoço.
VOCÊ ESTÁ LENDO
The Rain | Capri
Fanfiction[CONCLUÍDA] Noiva a 3 anos e pressionada pela família para se casar, Priscila começa a se questionar sobre seu relacionamento, porém, o que ela menos esperava era se apaixonar pela estilista de se vestido dos sonhos. adaptação de Camren. autora orig...