Capítulo 4.

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Pov Priscila Caliari.

"- Sua nova chefe... Está olhando pra
ela. - arqueou levemente a sobrancelha esquerda, abrindo um sorriso."

As palavras de Carolyna ainda ecoavam pela minha cabeça.

Tentei me concentrar no fato de que não era nada demais, afinal coincidências acontecem, não é mesmo? O mundo é pequeno!

- Então quer dizer que iremos trabalhar juntas? - eu piscava rapidamente, ainda tentando processar a informação.

- Basicamente, sim. - ela pegou seu celular e
checou as horas. - Você tem algum lugar para ir agora?

Forcei minha mente a lembrar qualquer
compromisso que poderia ter marcado com alguém e não encontrei nada.

- Não, estou livre o resto do dia. Por que?

- O que acha de irmos tomar um café? Assim eu te explico o que vamos fazer juntas. Eu conheço uma cafeteria ótima aqui pertinho.

- Por mim está perfeito! — abri um sorriso.

Descemos as escadas e quando nos aproximamos da saída, percebemos que o mundo estava caindo lá fora. Uma chuva muito forte tomava conta da rua inteira.

- Droga, não vamos poder sair. - falei.

- Vamos sim. Apenas uma pequena mudança de planos. Ao invés de irmos a pé, vamos no meu carro. ― Carolyna balançou as chaves.

[...]

- Vamos ter que nos molhar um pouquinho
agora. - Carolyna falou, estacionando o carro.

Olhei ao redor, procurando por uma cafeteria e
encontrei um letreiro muito conhecido por mim.

"Caliari's Coffee"

Comecei a rir.

- É sério que me trouxe aqui?-perguntei ainda
rindo.

- O quê? Vai me dizer que você não gosta do café que a sua mãe faz.- Carolyna virou pra mim.

- Não é isso. De todas as cafeterias de Nova
Iorque, essa seria a última que eu poderia imaginar que você me traria.

- Bom, culpe a Dona Adriana. Essa é a melhor
cafeteria da cidade inteira. - balançou a cabeça concordando com o que acabara de dizer.

- Não posso discordar, é mesmo. - sorri com a
língua entre os dentes.

Carolyna me encarou por alguns segundos e sorriu de volta.

- Vamos? - ela disse.

- Como vamos fazer isso? Sair correndo na chuva e chegar parcialmente molhadas, ou andar devagar e chegar ensopadas? — perguntei, virando-me pra ela.

- Primeira opção. Só... tente não cair.

- Prometo tentar. - respirei fundo. - No três?

- Um... - ela falou, se preparando para abrir a
porta do carro.

- Dois... - continuei a contagem, repetindo o
gesto dela.

- TRÊS! - falamos juntas e, sincronizadamente
fechamos as portas e nos juntamos na calçada.

Carolyna apertou o botão da chave e o carro foi trancado. Fomos para debaixo de um pequeno toldo, onde esperamos o farol fechar.

— Quando o farol fechar, seja rápida, mas cuidado para não cair. Apenas me siga. Vai dar tudo certo.

A chuva parecia ter apertado ainda mais. Os carros começaram a reduzir a velocidade, o que significava que o farol provavelmente estava amarelo.

- É agora!

The Rain | CapriOnde histórias criam vida. Descubra agora