Capítulo 34.

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Pov Anna Carolyna.

O retorno para casa foi maravilhoso.

Ficamos ao redor da fogueira cantando e comendo marshmallow até o começo da madrugada, quando decidimos em conjunto carregar os carros com as nossas malas.

Minha mãe ajeitou a casa e a deixou do mesmo jeitinho que estava quando havíamos chegado.

Priscila me ajudou a levar nossas malas de volta para o carro e juntas nós nos despedimos da minha família.

Viemos conversando praticamente o caminho
inteiro ao som de uma das playlists de Priscila
enquanto Cecília e Sofia dormiam tranquilamente no banco de trás.

Devido ao horário a estrada estava bem vazia e só era preenchida pelo reflexo do farol do carro batendo contra os sinalizadores da via presos ao asfalto e a luz da lua sobre nós.

Perdi a conta de quantas vezes me peguei olhando para a mulher ao meu lado.

Seu rosto parcialmente iluminado pela pouca
iluminação a deixava ainda mais bonita.

Suas mãos encontravam seus joelhos e começavam a acompanhar as batidas das músicas a cada vez que uma nova melodia se espalhava pelo interior do carro.

Seus lábios deixavam escapar as letras das músicas e seu sorriso preenchia seu rosto.

Não me importei em pensar se ela percebeu que eu a estava observando.

Eu estava mesmo.

Quando chegamos ao meu apartamento, Priscila insistiu em voltar para sua casa acompanhada de Sofia, porém eu fiz questão de não permitir que isso acontecesse.

Dormimos todas juntas.

Cecília e Sofia ficaram no quarto de hóspedes
enquanto Priscila dormiu em meu quarto, junto
comigo.

Eu adorava dormir abraçada com ela.

Seu corpo sempre estava quente, o que ajudava a me manter aquecida durante a noite.

Outra coisa que eu também gostava muito era o fato de que, por mais que a diferença de altura entre nós não fosse tamanha, era o suficiente para que nossos corpos se encaixassem perfeitamente um no outro.

Na manhã seguinte Priscila me ajudou a preparar o café da manhã e comemos todas juntas, dando risada ao lembrar dos momentos vividos no final de semana que tivemos.

Deixamos nossas irmãs na faculdade e seguimos para a loja de vestidos, onde estávamos agora.

- Você tem certeza que não quer que eu vá com você? - perguntei enquanto caminhava ao lado de Priscila até seu carro.

- Claro que não, amor! Você já me ajudou muito só em ter conseguido essa entrevista pra mim. Eu não quero atrapalhar seu trabalho aqui na loja. - ela respondeu.

- Você nunca me atrapalha, amor. E além disso eu não quero ter que mexer com toda essa papelada do financeiro. - gemi em reprovação. - Estou com dor de cabeça.

- Então você vai me prometer uma coisa. - ela falou enquanto parava de andar e se colocava na minha frente.

- O que? - levei minhas mãos até sua cintura.

- Que assim que eu sair daqui a senhorita vai até a farmácia mais próxima e vai comprar um remédio para dor de cabeça. - seus braços subiram até meu pescoço.

- Hm... - torci os lábios enquanto olhava para cima, pensando na sua proposta.

- Carolyna! - ela me deu um tapinha leve no braço. - Então eu vou ficar aqui e perder minha entrevista.

The Rain | CapriOnde histórias criam vida. Descubra agora