𝟷𝟶 • 𝙱𝚎𝚒𝚓𝚘 𝙿𝚎𝚛𝚒𝚐𝚘𝚜𝚘

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— Acho difícil qualquer coisa que tenha para falar me desperte algum interesse. - indaguei com desdém.

— Acho que está ficando igual a mim. - sorriu minimamente mais uma vez.

— Uma megera? Me sinto ofendida.

O sorriso de Rosalie deu vazão a uma expressão assassina, como o de Edward no começo das aulas. Patético. Eu não tinha medo dela, nem de nenhum deles.

Rosalie estacionou o carro na entrada da floresta, ainda dava para ver a estrada, mas o carro estava mais inserida na floresta do que nela.

Ela desligou o carro e abriu a porta, me esperando do lado de fora. — Não vou ficar em um lugar isolado com você. — indaguei de braços cruzados ainda sentada no carro.

Rosalie abriu minha porta e me olhou com raiva, impaciente. Eu sorri. Era divertido ve-lá tão irritada comigo, mas isso nem chegava aos pés do que eu sentira por ela.

— Presumo que queira saber o que aconteceu naquele fim de semana. - começou ela enquanto caminhávamos lentamente para mais longe do carro.

— Na verdade, não. - respondi entediada. - Bella é apenas uma garota egoísta e vocês são apenas adolescentes sem noção. Caso encerrado. Podemos voltar?

— Pelo menos concordamos em alguma coisa. - comentou e parou na minha frente, me fitando. - Você sempre quis saber porque eu odiava vocês duas e bom, em partes, você acertou em relação a Bella.

— Sinceramente? - ela assentiu. - Não faço mais questão de saber o porquê. Às vezes você é tão egocêntrica que chega parecer uma piada. Nem tudo gira ao seu entorno ou de seus irmãos, Rosalie. Aquele final de semana provou que vocês não dão a mínima para ninguém além de si próprios. Então não, não me interessa porque você me odeia ou porque vocês são estranhos. A minha vida não gira entorno de nenhum de vocês. - virei-me e em menos de um segundo, ela já estava na minha frente novamente.

— Não torne isso mais difícil do que já é. - suplicou ainda séria. - Temos motivos para agirmos como tal.

— Vocês não comem, não bebem, olhos mudam de cor, mal respiram. Claro. São vampiros. - indaguei com desdém mas Rosalie permaneceu imóvel.

— Como...

— O que? - nós duas ficamos confusas com a fala uma da outra.

— Como você sabe? - perguntou genuinamente curiosa. Ela não estava rindo, como eu previra.

— Você está falando sério? - perguntei incrédula.

— Você é mais inteligente do que julguei. - pensou em voz alta. - Aquele final de semana tivemos que ajudar Bella, ela correria perigo de vida e...

Não deixei que ela terminasse. Eu estava ficando zonza, não sabia mais o que era real e o que não era e eu não queria que ela continuasse a falar, eu não conseguia acreditar em nenhuma palavra que saia de sua boca e para calá-la, a beijei.

Nos primeiros segundos Rosalie ficou sem reação, apenas com a boca aberta, tentando entender o que eu estava fazendo. Mas depois, eu senti sua língua e boca macias passeando pela minha. Nossas línguas seguiam a mesma sintonia, como se tivessem dançando juntas, em perfeita sincronia.

Minhas mãos foram para sua cintura e nuca, eu a puxava para mais perto de mim, como se meu corpo criasse vida própria que não condizia com a razão. A razão suplicava para que eu saísse correndo dali, mas o corpo me mantinha presa naquele momento, naquela mulher.

Rosalie tocou meu rosto e pela primeira vez senti o quão gélido era seu toque. O frio excessivo de Forks não se comparava a aquilo, era como se grandes flocos de neves caíssem em meu rosto, trazendo um pequeno choque entre o frio e o quente.

𝐃𝐚𝐧𝐠𝐞𝐫𝐨𝐮𝐬 𝐋𝐨𝐯𝐞 | 𝐑𝐨𝐬𝐚𝐥𝐢𝐞 𝐇𝐚𝐥𝐞Onde histórias criam vida. Descubra agora