Eu não me importei de ir dirigindo o mais rápido possível para o outro lado do país.
Foram as quarenta e oito horas mais longas da minha vida. Dois dias presa dentro de um carro, desolada, furiosa, frustrada, perdida, sozinha.
Meu mundo estava desabando e eu dirigia como se isso fosse impedi-lo de cair por completo.
As horas passaram devagar, os sentimentos me comiam viva de dentro para fora, o carro parecia muito menor do que realmente era. Eu estava sufocada. As lágrimas que jamais cairiam ficaram entaladas nos olhos, mas não os gritos.
Meu mundo estava minúsculo, preto e branco ou branco no preto, tanto faz. A cada segundo, meu corpo parecia doer cada vez mais, reflexo do meu coração morto mais morto ainda.
Como a vida poderia mudar tão rápido assim? Quão cruel ela pode ser? Bom, eu estava descobrindo isso agora. A vida é cruel.
Meu celular não parava de tocar. Eram mensagens, ligações, até mesmo e-mails. Todos ignorados. Eu não queria falar, não queria lembrar mais do que minha mente já tinha captado.
Eu só queria consertar tudo isso.
Sai do carro às pressas e ela sabia que eu viria, uma hora ou outra.
Figlio di puttana.
Antes mesmo de chegar até a porta, ela a abriu e me olhou imparcial. Eu estava furiosa, pronta para sujar minhas mãos de sangue mais uma vez. Ela merecia isso, então eu não sentiria culpa nenhuma.
Talvez isso fosse um favor ao mundo sobrenatural. Uma pessoa dessa não faria falta alguma, faria?
— Olá, senhorita Baglivo.
Eu entrei na casa sem esperar um convite formal. Tínhamos uma conta pendente e resolveríamos isso, agora. De forma suja ou limpa, eu não me importava.
Eu a mataria no final das contas.
— O que você fez? - a confrontei. Suas costas bateram na parede, enquanto eu estava a sua frente.
— Vamos ser civilizadas, está bem? - ela não estava com medo. Segundo erro, bruxinha de merda.
— Eu vou repetir só mais uma vez: o que. Você. Fez?
Ela tentou sair, mas eu a puxei com toda a minha força pelos braços e ela sentiu dor. Ah, como era bom.
Ela olhou para o seu braço agora ficando em um tom roxo e depois alternou seu olhar para mim.
— Tem certeza que quer resolver as coisas dessa forma? Sabe, eu sou muito poderosa...
— Acho que você não pesquisou o suficiente sobre mim. - sorri sadicamente. - Se tivesse feito, saberia que foi burrice se meter com a minha família.
— Vocês pediram algo e eu lhes dei.
Eu segurei seu pescoço e a empurrei de volta contra a parede. Eu queria matá-la agora mesmo, mas antes eu precisava de uma solução. O tempo estava passando e eu ainda não tinha o que eu queria.
— Não me lembro de ter mencionado uma morte pós parto. Refresque minha memória, Mary.
Ela sorriu, como se nada fosse nada. Ah, bruxa patética.
— Me solte e eu lhe ajudo.
— E quem garante isso?
— Eu poderia facilmente te derrubar, mas não derrubei, certo?
Eu a soltei e segui com os olhos. Ela sentou-se na mesma poltrona e eu no mesmo sofá em sua frente.
Vários cenários de como eu poderia fazê-la sofrer intensamente rodeavam minha mente. Reprimi um sorriso, eu não poderia dar spoiler disso.
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𝐃𝐚𝐧𝐠𝐞𝐫𝐨𝐮𝐬 𝐋𝐨𝐯𝐞 | 𝐑𝐨𝐬𝐚𝐥𝐢𝐞 𝐇𝐚𝐥𝐞
Fanfiction༄ 𝐃𝐚𝐧𝐠𝐞𝐫𝐨𝐮𝐬 𝐋𝐨𝐯𝐞 𝘙𝘰𝘴𝘢𝘭𝘪𝘦 𝘏𝘢𝘭𝘦 𝘧𝘢𝘯𝘧𝘪𝘤! 𝐌𝐮𝐝𝐚𝐧𝐜̧𝐚𝐬 𝐣𝐚́ 𝐬𝐚̃𝐨 𝐩𝐨𝐫 𝐬𝐢 𝐬𝐨́ 𝐝𝐢𝐟𝐢́𝐜𝐞𝐢𝐬 𝐞 𝐝𝐞𝐬𝐚𝐟𝐢𝐚𝐝𝐨𝐫𝐚𝐬, 𝐪𝐮𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐬𝐞 𝐞𝐬𝐭𝐚́ 𝐦𝐮𝐝𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐝𝐞 𝐩𝐚𝐢́𝐬 𝐞 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐫𝐚 𝐬𝐮𝐚 𝐩�...