• Entre Damas e Vagabundos •

• Os Damas •

- Capítulo 10 -

     – Filho, não é melhor dar uma olhada em seu celular? Parece que seus amigos estão te chamando. – Aconselhou Lü Shang com um sorriso no rosto.

     Conhecendo seu menino, ficava muito contente por saber que estava conseguindo se adaptar à nova escola. Inicialmente ficara preocupado, por mais que apreciasse a tentativa do rapaz de orgulhá-lo, sabia que o novo ambiente poderia causar desconforto e incômodo com a mudança de rotina; por ser obrigado a se esforçar mais em um colégio de elite. Não só isso o deixava receoso, sabendo que Lü Bu era um garoto de poucas palavras e um tanto quanto tímido – por mais que detestasse aquele termo – temia que se sentisse solitário.

     Para sua sorte, Chen Gong e aquela garota de cabelos castanhos também estudavam na Ragnarok; então não passou o primeiro dia sozinho.

     Não só isso, como foi acolhido por um grupo enorme de amigos, e desde então passou a relatar suas novas aventuras junto ao grupo de jovens "serelepes", como o próprio descrevia.

     – Me colocaram em um grupo. – Explicou, depois de olhar o conteúdo das conversas. – Só bagunça, discutindo um assunto da cafeteria. – Desligou a tela com um sorriso mínimo em seu rosto, desejando passar um tempo com seu pai.

     – Seus amigos? – Perguntou o mais velho, recebendo uma resposta positiva. – Você gosta muito deles, não é mesmo? – Comentou, se animando ao ver a expressão alegre no rosto do filho. – Poderia sair mais com esses garotos, aproveitar a juventude...

     – Capaz de explodirem um posto de gasolina. – Lü Shang riu suavemente ao ouvir aquilo.

     – Os piores problemas viram as melhores histórias quando resolvidos. – Respondeu, logo mudando de assunto. – Sabe, talvez seja bom que diminua o uso de supressores. – Sugeriu, fazendo o filho encará-lo em choque.

     Seu pai sempre avisava para não se esquecer dos supressores quando saísse para os lugares, já que ficava preocupado sobre seu gênero secundário. Lü Bu era um garoto muito forte, não podia negar; mas seu coração de pai sempre se apertaria ao imaginar seu menininho em apuros, coisa que era quase impossível aos olhos dos outros. Era apenas uma medida de precaução para acalmar seus instintos paternos, e reconhecendo que agora seu filho estava protegido, acreditava que seria melhor arrumar um parceiro.

     Lü Bu não poderia negar ao pedido do pai, mas isso não o impediria de exigir uma explicação. Não acreditava que precisava de atrair um parceiro tão cedo, seria melhor esperar o contrário, pois não conseguia se ver ao lado de alguém que não fosse seu pai e os seus novos amigos. Em contrapartida, Lü Shang acreditava que passando do primeiro obstáculo, seria bom já pensar no segundo: as dores do cio.

     – Não era para terem adicionado o Buddha, é um traidor! – Michel esperneava, fazendo o Gautama encará-lo com um sorriso ladino.

     – Esse grupo nem deveria existir, sem a Brunhilde para administrar é capaz de Rasputin spammar vídeos pornográficos.