[ SNV • ROR ] Omegaverse
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Relatos sobre a vida escolar de um grupo de adolescentes que vivem, falam e agem como adolescentes; ignorando as adversidades e lidando com suas responsabilidades.
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O que poderia dizer sobre esse ano? Bem, por mais que fosse difícil definir com exatidão o que sentia em relação à nova academia, Simo Häyhä estaria eternamente agradecido pelos momentos agradáveis que vivenciou com seus novos amigos. Era quase inacreditável o quanto tinha se divertido em tão pouco tempo.
O único problema tinha nome e sobrenome. Embora na verdade o problema tenha sido ele mesmo. Fechou os olhos e suspirou para espantar aqueles pensamentos.
Algo para se distrair.
O estacionamento estava vazio, como o esperado da tarde. A maioria dos alunos mais velhos que realizavam atividades extracurriculares saíam desesperados para chegar em casa o mais rápido possível, enquanto as crianças tinham que se apressar para seus pais não se estressarem. Tirando ele e sua carona, haviam os garotos do dojo e aquele garoto loiro do grêmio, que desviou o olhar corado assim que foi descoberto encarando.
O ômega estreitou os olhos, falhando em se lembrar de seu nome. Não demorou muito para que seus irmãos o chamassem para irem embora, fazendo uma espécie de clique na mente de Simo. Era Apolo, e se não fosse engano, irmão de Hércules.
Não era novidade que Rasputin chegasse com marcas de batom no rosto e algumas outras escondidas pela roupa.
Um castanho alto de olhos claros frequentemente questionava sobre como tinha conhecimento sobre as marcas no resto do corpo, e pouco parecia se incomodar com a falta de respostas.
Honestamente, estava mais surpreso pelo estacionamento ainda não estar vazio no momento em que saíram. Afinal, era acostumado a estar plantado, esperando pelo mais velho para irem embora. Pensava seriamente em tirar logo uma carteira de habilitação para evitar estresse no fim do dia.
– Desculpa a demora, estava no banheiro.
– Estava com diarréia? – Um nó se formava em sua garganta ao saber que a afirmação não era mentira, e o nórdico esperava que seu tom não tivesse saído tão amargo quanto se sentia.
A falta de resposta apenas serviu para que seu coração se apertasse ainda mais contra seu peito, ao passo que o ser primitivo que vivia dentro de si se encolhia incômodo.
– Tanto faz, vamos logo que é capaz de nos esquecerem para fora.
Observou como o mais velho subia em sua moto antes de repetir o movimento para então partirem em direção à casa dos Éden.
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Memórias de quando ambos eram jovens e acabavam de descobrir seus gêneros secundários durante o primeiro fundamental enchiam sua mente durante o trajeto. Se lembrava com clareza de como o pequeno Simo sentiu primeiro uma enorme admiração pelo recém descoberto alfa Grigori, de como desejava que futuramente se tornasse alguém como ele. Também de como o russo foi o único que o apoiou quando descobriu sua casta, que deixou pasma toda sua família ao descobrir que o filhote baixinho, frágil e magrelo era, na verdade, um ômega.