• Compras e Cozinha •

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- Capítulo 19 -

     – Bom dia, flores do dia! Hora de acordar!

     Alguns grunhidos puderam ser ouvidos por parte dos jovens que dormiam na sala. Aqueles que estavam no corredor pouco se afetaram até terem suas cobertas arrancadas por Adão. A exposição ao frio do ambiente escuro somado ao piso de porcelanato tirou uma ou outra reclamação dos alfas.

     – Eu não sou flor não, tio... – Leônidas resmungou enquanto esfregava os olhos em uma tentativa de espantar o sono.

     – Credo, cedo assim e a sua mente já está funcionando bem né? – O único russo caçoou enquanto se espreguiçava, ganhando como resposta um dedo do meio.

     – Na verdade, já são quase dez da manhã e o café está na mesa. – Adão corrigiu com certa graça, enquanto alguns contestavam afirmando que não estava tarde.

     A maioria se encaminhava em direção à cozinha ao ouvir aquilo, não querendo magoar Eva ao deixá-la esperando demais. Alguns poucos enrolaram na ida, mas logo estavam de pé e sendo puxados por seus companheiros para tomarem café. Chegando lá, a primeira coisa que muitos fizeram foi agradecer aos anfitriões pela comida, pois certamente só aquela refeição já seria um baita prejuízo devido à quantidade de pessoas.

     Desde que passaram a lecionar em uma escola de ensino mais forte, o casal se preparou para receber uma quantidade considerável de alunos que pediam por aulas de reforço, então espaço nunca foi um problema. Haviam lugares suficientes para todos se sentarem na mesa, e mesmo se tivessem mais pessoas, nada os impediria de pegarem as mesas menores que ficavam de frente para o jardim. Se contássemos com a adição das três mesas e seus quatro assentos, poderiam sentar mais doze pessoas.

     Aqueles que já estavam conversando desde o ocorrido na sala de estar se sentaram próximos para não desviarem do assunto como no caso de Göll e Hrist, outros, escolheram se manterem próximos daqueles com quem tinham maior afinidade, como Kintoki, que tentava ao máximo manter distância daqueles adolescentes selvagens.

     Simo chegou por trás para agarrar e assustar Nikola, que tinha acordado mais cedo para terminar sua parte do trabalho de artes, o que acabou por gerar uma reclamação por parte de Qin e um olhar questionador de Göndul.

     – O que é isso? Carência? – O membro do clube de ciências riu enquanto tentava afastar o rosto do baixinho, que aproveitava as alturas niveladas com o mais alto sentado para abraçá-lo.

     – Só estou te dando bom dia, nojento.

     – Bom dia desde ontem à noite? Foi difícil de te separar quando acordei, parecia até que estava com medo de que eu fosse te desprender! – O mais novo revirou os olhos.

     – Não foi intencional, mas parece que o eu sonâmbulo tinha razão e você realmente me abandonou. – Retrucou enquanto dramatizava.

     – Vocês me traíram! – Qin demonstrava uma irritação teatral. – Achei que fossem parte do meu harém! – Tesla apenas riu antes de respondê-los.

     – Finjam que eu pedi desculpas, sentem logo e comam. – Soltou os braços de Simo do seu pescoço e o afastou.

     – Meu Deus, estamos atingindo novos níveis de brotheragem. – Sasaki comentou bem-humorado enquanto fingia tampar os olhos de Okita, que como em todos cenários românticos que presenciava, fingia vômito.

     – Kojiro, meu amor, você é fiel? – O de mecha vermelha questionou, vendo como seu amigo fazia careta e lhe dava um empurrão leve em sinal de "sai".

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