Capítulo 6

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Akira estava certo, Chishiya tivera saído pela a manhã.

De qualquer maneira, não era relevante.

O Kimura caminhou para fora da casa grande, os guardas lhe concedendo a passagem e até um carro com um motor antigo.

O moreno entrou no automóvel, as mãos no volante quando a porta do veículo abriu.

Chishiya sentou ao seu lado.

— Não preciso que fique me vigiando — comentou o garoto.

— Chapeleiro queria que alguém ficasse de olho em você — rebateu, as mãos nos bolsos. — Era eu ou seu amiguinho da milícia.

Akira revirou os olhos, sabendo de quem ele se referia.

— Aquele dragão com piercings não é meu amigo — retrucou, ligando o motor. — E você deveria por o cinto, eu não tenho carteira de motorista por um motivo — brincou, piscando um dos olhos e acelerando.

[...]

A dupla parou em frente ao shopping, as lojas estando completamente abandonadas.

Akira foi o primeiro a descer, pondo a mão no rosto para cobrir o sol.

Chishiya desceu logo em seguida, o moreno pôde notar quando o loiro piscou três vezes, se acostumando com o chão.

— Na volta... — começou o Shuntarō. — Eu dirijo.

— Até parece — murmurou divertido, entrando dentro do estabelecimento.

O Kimura subiu as escadas rolantes — relutantemente — já que não tinha energia pra isso.

Chishiya visualizou enquanto o outro pegava todo tipo de equipamento analógico, principalmente os rádios.

— Onde estão? — perguntou a si mesmo, olhando ao redor. — Segura — não esperou uma resposta, apenas entregou as bolsas cheias para Chishiya.

O loiro continuou calmo, mas Akira sabia que ele sentia vontade de pular da janela.

O moreno se encaminhou até o balcão, pegando alguns fios de aparelhos eletrônicos.

Sua atenção voltou para o par de óculos escuros, o Kimura escolheu um e o pegou.

— Vamos — se retirou, deixando Chishiya levar as compras.

— Tem uma ideia de como a coleira pode soltar sem explodir? — perguntou o loiro.

— Tenho que fazer alguns testes antes — respondeu, andou pelo o corredor.

Akira parou, vendo uma camisa xadrez vermelha no manequim. O garoto não pensou duas vezes antes de erguer seu bastão e quebrar o vidro da loja.

— Vai servir — pegou a blusa.

— A porta estava aberta — comentou o Shuntarō.

— Seria muito trabalhoso — rebateu, voltando a seguir adiante. — Deve ter alguma loja de aparelhos eletrônicos aqui.

— Isso não é tudo que você precisa? — Chishiya estendeu as bolsas.

— Não — respondeu em simplicidade, o loiro estando prestes a desistir.

Deveria ter deixado Niragi vir em seu lugar, se o outro tivesse vindo. Chishiya não teria que aturar essa tortura.

— Sabe, tem algo que estou bastante curioso sobre você — comentou Akira, entrando na loja.

O Shuntarō ergueu uma sobrancelha, sua expressão sendo a mesma.

Calma.

— O que fazia? — perguntou.

𝐆𝐀𝐌𝐄 𝐎𝐕𝐄𝐑 ✦ ᴀʟɪᴄᴇ ɪɴ ʙᴏʀᴅᴇʟᴀɴᴅOnde histórias criam vida. Descubra agora