𝙳𝚎𝚜𝚝𝚒𝚗𝚎𝚍 𝙵𝚘𝚛 𝙳𝚎𝚊𝚝𝚑: ᴵᴹᴬᴳᴵᴺᴱ 𝑪𝒉𝒊𝒔𝒉𝒊𝒚𝒂

04. Destinados ao traçamento

Chishiya Shuntaro

Depois da pequena discussão entre os novatos e a milícia, foi convocada uma reunião dos membros executivos. Kuina me acompanhou até uma parte do caminho, mas segui só.

Entrando na sala, a milicia já estava reunida com os membros, todos sentados. Fechei a porta e sentei em meu lugar. Niragi estava com sua feição idiota e entediada de quando não tem ninguém para perturbar, ele me viu o observando e acenou agressivamente com a cabeça em um "Está olhando o que?" Ignorei.

Chapeleiro- Não há condições de continuar assim. Como esperamos que todos se sintam a vontade para ajudar sendo que sempre que chega novos hóspedes, há intriga e desconforto? E sempre tem um denoninador comum, não é, Niragi?

Niragi- Eu só queria me divertir. Não posso atirar em ninguém, zoar com ninguém, agora não posso transar?

Chapeleiro- Você pode transar com alguém que queira. Eu não quero mais confusão com novos hóspedes, isso pode acabar com nosso objetivo.

Niragi- Eles já não são novos hóspedes, ham? Faz um tempo que estão aqui.

Ann- Sim, uma hora apenas. -- ironizou

-- Com todo respeito, a novata se deu bem com o senhor "onça".

Observei a garota quando percebi que Niragi havia se interessado. Quando ele se aproximou, ela estava rindo, nervosa, e se defendeu de forma... Peculiar. Bom, os resultados foram até que hilários - já que um cara de metralhadora perdeu para vodka, whisky e uma menina que o apelidou "onça". - Ele ameaçou levantar da cadeira, Aguni o impediu.

Niragi- Relaxa aí, oxigenado. Ela ainda vai ceder.

-- Ceder umas bebidas, hein?

Ele se debateu um pouco, Aguni o forçou a ficar na cadeira. Ele bufou, me encarando.

Ann- Meus convidados estão aqui por um motivo. Participei de um jogo com ambos, são inteligentes e vão ser úteis. Seus métodos são humorados e um tanto visivelmente ineficazes, mas sempre funcionam. A prova viva é a bebida contra uma metralhadora.

Dei um sorriso de canto. Isso está marcado agora, Niragi, o anti-álcool.

Niragi- Argh, sempre o mesmo assunto, não é não?

Mira- Achei os dois cautelosos e inteligentes, não acho que darão muito bola ao "onça".

Ela e o Chapeleiro riram sadicamente. Não liguei tanto para a reação infantil de Niragi após isso.
Estou precisando de uma peça ao meu plano com Kuina... Uma peça cautelosa e inteligente. Ha, um deles pode ser útil.

Chapeleiro- Aguni, você será responsável pela sua criança apartir de agora. Ele se envolve em briga, o pai separa. Você já está crescido para eu cuidar de você também, amigão. -- sorriu

A moça não pareceu ir com a minha cara, talvez tenha a encarado sério demais, mas Kuina parece ter a conquistado, posso tirar vantagem disso. Já o loiro é muito sério com os outros ao redor, mas é aberto com a garota, então... Se Kuina a conquistar, conquista ele também. Logo, eu me aproximo, os conquisto depois e tudo estará pronto.

Chapeleiro- Mais uma intriga e eu os darei uma punição. Todos liberados.

Preciso falar com Kuina.

(.  .  .)

Kuina- Então... Você acha que eles podem ser a peça que falta?

-- Ann os elogiou, eu acho que isso serve como pontos.

Ela deu de ombros, concordando.

Kuina- E como eu faço isso? "Oi, vamos ser amigos?"

-- Não, vamos traçar um plano.

Ela suspirou e acendeu seu cigarro, sentei no parapeito do terraço e observei as pessoas lá embaixo, a maioria está transando em público nessa hora, o horário do pôr do sol. Mal sonham com suas vidas acabadas aqui, nesse mesmo lugar, enganados e traídos.

Kuina- Traçar, traçar, traçar... Merda, minha cabeça explode com isso. Não fui destinada ao traçamento.

Traçamento... Eu acho que essa palavra não existe. Mas ignoro e volto a julgar a felicidade de cada um de lá de baixo. Quando ouço a porta ser aberta. Ambos olhamos e vimos a garota e o garoto no qual estávamos falando.

Xx- Eu não sei se... -- ela nos vê -- Puts, não vimos nada, hein. Podem continuar sua... Bom...

Eles saem. Kuina me olhou e começou a gargalhar, eu dei um risinho frouxo.

Kuina- Eles acham que também vamos transar hahahah! Ai, ai Hahahaha!

-- Mais que isso, devem achar que somos um casal.

Kuina- Ai meu Deus hahaha!

Ela realmente amou ver a garota saindo envergonhada, está rindo como nunca. Então fico na dúvida se ela consegue se aproximar e não se apegar. Isso seria um problema. Mas então lembro que estamos falando de sobrevivência. Eu acredito que o humano é egoísta e narcisista de nascença, Kuina é uma humana, não vai ficar em dúvida entre sua própria vida e umas piadas soltas... Eu espero.

E então, eles reaparecem lá embaixo, os dois rindo feito pessoas em um circo, talvez por causa do que aconteceu aqui em cima.

-- Eu preciso renovar os vistos, vou em um jogo amanhã. Você cuida deles enquanto isso?

Ela enxuga as lágrimas dos cantos dos olhos e assente com um sorriso mínimo.

Kuina- Eu aviso que não somos um casal?

-- Avise que não estavamos transando esta noite.

Ela voltou a rir, dei um sorriso de canto e comecei a me direcionar a porta de saída.
Acho que encontramos um peão.