◽CAPITOLO DIECI

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◽ Violleta Moretti

Me encontre no hotel onde estava hospedada, estarei te aguardando.

Vito Lombardi.

Ps: Caso não venha, farei questão de ir pessoalmente te fazer uma vista.

Amasso o papel com força e o arremesso para longe. Queria ter a capacidade de fazer o mesmo com meus problemas.

Não é possível que ele esteja de volta para me atormentar, é como se isso fosse um castigo.

Ouço batidas na porta do meu quarto e passo a mão no cabelo, tentando parecer uma pessoa normal.

— Senhorita Moretti, vim comunicar que o senhor Salvatore irá se atrasar um pouco mais.

— Mais? — olho no relógio. — Certo… Obrigada, Judite.

Ela sorri, se retirando.

Maldito Joe, deve está por aí enfeitando minha cabeça.

— Mattia, preciso que me leve até o hotel no centro. — digo quando o encontro na cozinha, conversando com um dos homens de Joe.

Gomes acena com a cabeça assim que me ver,  eu retribuo o cumprimento.

Mattia me encara, confuso, mas sigo até o estacionamento, entro no carro e não demora muito para seguirmos rumo ao centro.

— Joe? — ele pergunta do nada. — Ou é aquele cara de novo?

— Por favor, Mattia, não me faça perguntas. Apenas me leve até lá.

Ele revira os olhos, fazendo uma das suas caretas.

— Sabe o que teria acontecido se eu não tivesse chegado naquele momento? — Mattia vira a direita, saindo da estrada de cascalhos — Isso. — ele aponta para o curativo na minha mão. — Era para ter pegado naquele filho da puta.

— Não posso me dar ao luxo de deixar que todos descubram sobre meu passado.

Engulo seco.

— Era para você está na mansão, Moretti, não aqui.

Droga, ele está me chamando de Moretti.

— Não me chame assim! — Bato o pé e ele para na frente do hotel. — Eu vou ficar bem.

— Como pode ter tanta certeza?

Ele me encara, abrindo a porta e saindo. Após dar a volta no carro, ouço abrindo a porta para mim.

De frente um para o outro, encaro seus olhos negros na expectativa que ele me entenda.
  Maria olha para mim, depois para a arma pressionada no seu abdômen, quase imperceptível.

Sorri, satisfeito.

— Sempre imprevisível.

— Você ainda não viu nada. — beijo a bochecha dele e ele minha testa.

— Cuide-se, estarei aqui quando voltar.

Assinto e caminho em direção ao hotel.
Na recepção, a dona da instalação me espera com um sorriso imenso no rosto. Acho que adquirimos uma amizade nessas idas e vindas.

— Buona notte

— Buona notte, senhorita Moretti.

Cumprimento ela.

— O senhor Salvatore está aqui? Não o vi fazendo check in. — ela olha em volta.

— Não, ele não está. Vim encontrar um velho amigo.

LA MÁFIA [VOL.1 OBSESSÕES] Onde histórias criam vida. Descubra agora