◽CAPITOLO DICIASSETTE

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◽ Joe Salvatore

Finalmente consegui uma pista do Russo depois de meses, já estava a ponto de sair caçando ele por cada canto de Roma.  Encontrei vestígios da sua ida em um cassino na noite passada, mandei meus subordinados irem até lá investigar, mas como imaginei, ele já tinha ido embora sem deixar uma pista sequer.

  Na situação atual dele, jogos de azar são um belo negócio e é justamente assim que vou por minhas mãos nele.

— Preparado para seu jantar de noivado? — Nádia pergunta para mim na mesa de jantar. — Joe.

Estou mexendo no celular, resolvendo com Lorenzo os assuntos pendentes.

Olho para ela.

— Estou. Tenho certeza que vai ser ótimo.

Minha irmã tende a se sentir a melhor organizadora de recepções que existe e eu tento apoiá-la nesse aspecto. Ela de fato é muito talentosa.

Mas não preciso dizer isso.

— Preparei para que tudo saia perfeitamente bem. Tenho certeza que vocês vão amar.

Violleta está dispersa da conversa, mexe a comida do prato de um lado para o outro, que ainda está intacto. Ela não comeu sequer uma colher.

— Encomendei  alguns flores para decorar a recepção.

— De onde você tira tanta ideia?

Nádia sorri, orgulhosa.

— Sou uma profissão competente, Joe. Posso não ser um capo da máfia italiana, mas eu me contento em ser uma das melhores organizadora de eventos da Itália.

Violleta continua distante, finalmente Nádia percebe.

— Está tudo bem, Vio? — ela se inclina para frente, inspecionando Violleta. — Você está tão calada hoje.

Minha noiva sorri, tentando parecer melhor.

— Ah, não é nada, Nádia, me perdoe por estar tão distante.

— Eu quero te ver feliz. Sei que você vai adorar a festa e amar ainda mais o casamento.

Ela concorda.

— Tenho certeza que sim, com você organizando não tem como não ficar perfeito.

— Espero que não esteja assim amanhã, vai acabar assustando os convidados. — mastigo meu bife.

Violetta me encara por um longo tempo.

— Pode ficar tranquilo que sei muito bem como atuar, passei a aperfeiçoar ainda mais desde que virei sua noiva, Salvatore.

Ela retira o guardanapo do colo.

— Se me dão licença, estou me sentindo um pouco indisposta.

Abro a boca para falar, mas ela não espera.

— Boa noite, Nádia.

Ela some, indo para a sala principal.

— Não me diga que já brigaram?

Brigamos e eu não sei??

— Não que seja da sua conta, nós não brigamos.

— Grosso. — ela resmunga. —  Aposto que a culpa é sua.

Coloco os talheres no prato.

— Non dire cazzate. Não tenho nada a ver com isso.

Ela murmura algo, jogo uma fruta nela.

LA MÁFIA [VOL.1 OBSESSÕES] Onde histórias criam vida. Descubra agora