dona flor e seus dois (ex) maridos

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Era oficial, aquele era o fim de mais um ciclo. Mas ao contrário do que o mundo todo esperava, aquele era o melhor fechamento de ciclo que já existiu para o povo brasileiro. Depois de tantos anos, o Brasil havia conquistado mais uma Copa do mundo, o Brasil era hexa.

Maria chorou muito, abraçada com o primo, afinal dois dos quatro gols marcados pela Brasil, haviam sido feitos pelo camisa nove. Outro era do Vini Jr e para fechar com chave de ouro, Neymar mostrou porque era tão admirado por todos os brasileiros.

A emoção que a torcida passava naquele momento era surreal, muitos choravam e outros cantavam músicas. Richarlison estava com os olhos marejados enquanto encarava a torcida cantar, eles haviam conseguido, haviam dado orgulho ao Brasil.

— Você deu sorte. — Antony sorriu, aparecendo ao lado da morena que logo o abraçou.

— Jogou muito, parabéns. — Maria sorriu, sem se tocar que na cabeça do jogador, aquilo era claramente um flerte.

— Vamos sair pra comemorar de noite, adoraria que você fosse. Sabe, quero te mostrar que não é apenas em campo que eu sou bom.

Maria arregalou os olhos, vendo que Richarlison passou ao seu lado gargalhando, provavelmente havia escutado e prestado atenção naquela cena ridícula.

— Antony, de verdade, você é um menino muito bonito e interessante mas eu não tenho esse tipo de interesse, pegaria até mal pra mim.

— Eles não precisam saber. — Ele piscou, apontando para os jogadores que recebiam abraços de Nicole e Fernanda. — E se eles já estão seguindo a vida, por que você não pode?

— É sério, não quero.

— Tudo bem. — Antony revirou os olhos, não estava acostumado com foras. — Amigos?

— Amigos!

Maria apertou a mão do jogador, que sorriu fofo para ela e então a abraçou. Parecia que havia tirado um peso de suas costas e mesmo que fosse se arrepender depois, estava extremamente feliz. Felicidade que foi sumindo aos poucos, quando viu o ex se aproximar.

— Ei, parabéns. — Ela sorriu fraco, sem ter qualquer contato físico com o camisa dez.

— Valeu, Maria. — Neymar sorriu envergonhado, eram raros seus momentos de timidez. — Tem um tempinho a noite? Queria conversar uma coisa com você.

— Claro, sem problemas. — Disfarçou o nervosismo, mesmo sentindo um frio na barriga. — Pode adiantar o assunto?

— Maria? — Pedro apareceu, completamente lindo e todo sorridente. Sempre aparecia nos melhores momentos.

Um silêncio constrangedor se fez presente entre os três e a morena encarou os dois por alguns segundos. O orgulho que sentia era tão absurdo, que não controlou sua vontade em abraçar os dois de uma vez só.

Naquele momento ela não se importava com a mídia cair matando insinuando coisas erradas, ela apenas queria demonstrar para os dois o quanto os amava e o quanto estava feliz por eles. Aquele ali provavelmente seria seu último contato com os dois, já que voltaria para casa.

— Parabéns, mereceram. — Maria sorriu. — Desejo sorte para o resto da vida de vocês, mesmo com o final desse ciclo.

— Nunca é um final, Ma. — Neymar sorriu, ela acabou fazendo o mesmo.

— Preciso falar com você.

— Vejo vocês nas festas. — Neymar sorriu, dando um tapinha no ombro do companheiro de time e sorrindo para a ex. — Mais tarde conversamos.

Os dois observaram o garoto voltar para receber mais elogios e então se encararam novamente. Pedro abriu os braços e Maria rapidamente se aconchegou entre eles, sentia falta do calor do corpo do ex e daquele perfume inconfundível.

— Eu preciso muito te perguntar uma coisa.

— Pode falar, Pedro.

Ele calmamente a afastou e então olhou Maria nos olhos, fazendo com que ela sentisse seu coração bater cada vez mais rápido. Com um leve sorriso no rosto, Pedro falou as palavras que ela menos esperava naquela noite.

— Você quer tentar de novo?

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reta final