CAPÍTULO 06

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JONATHAN DEL REI M.

- Estou feliz que vocês tenham vindo - Meu pai Henri diz abraçando Danny é depois vindo me abraçar.

- Também é bom te ver, papai.

Ele desfaz o abraço puxando minha orelha.

- A próxima vez que sumir dessa forma, eu te mato.

- Papai!

- Sr. Del Rei, eu acho que-

Danny tenta intervir mas isso só faz meu pai puxar minha orelha com mais força.

- Papai isso dói.

- Não,isso não dói. Você sumiu por mais de sete meses, seu moleque, esse puxão de orelha é pouco pra você - Ele diz ainda puxando minha orelha que com certeza já devia estar muito vermelha.

- Papai, solte minha orelha.

- Você irá ficar de castigo se eu soltar ela.

- Mas pai-

- Prometa que não vai sumir novamente.

- Eu não posso-

Ele aperta com mais força.

- Prometa.

- Tá bom, eu prometo. Agora pode soltar minha orelha?

- Não.

- Papai.

- Eu quero que me prometa que vai aparecer mais vezes com Danny aqui, eu quase não vi meu genro com o meu filho.

- Tá tá, eu apareço. - Sinto o aperto diminuir mas ele não solta minha orelha.

- E prometa que-

Ele se interrompe e eu franzo o cenho, o olhando de relance vendo ele com aquele sorriso sádico.

- Papai? - O chamo cauteloso já não ligando para o aperto na minha orelha.

- Eu quero um neto - Arregalo os meus olhos, encarando Danny que estava espantado.

Ouço Danny limpar a garganta e dar um passo a frente colocando a mão por cima do braço do meu pai.

- Que tal o senhor soltar a orelha dele, só um pouco, Sogro?

Ele pede cauteloso e meu pai afrouxa o aperto largando minha orelha,coloco a mão sobre a mesma e choramingo pela dor que estava sentindo nela.

"Mão pesada dos inferno"

Como um velho podia ter tanta força?

- Sogro? - Danny chama por meu pai que o encara com os olhos brilhantes.

- Você nunca me chama de Sogro.

- Não devo chamar?

- Ao contrário. Você está proibido a me chamar de outra coisa, além de sogro.

- A.an...certo. Mas... eu não acho que estamos preparados para ter filhos.

- Estão sim. Vocês já vão fazer três anos de casados e ainda não me deram um neto, eu posso morrer em breve e vocês não me deram um neto. - Meu pai diz convicto.

- Papai, a gente não está.

- Se você não me der um neto até o final do ano, esse puxão de orelha vai ser pouco pra oque vou fazer com você - Ele diz me encarando dando um passo pra se aproximar mais de mim com aquele jeito assustador que só ele sabia fazer - Você me escutou?

Olho para Danny pedindo socorro.

- Sogro?

- Sim, pequeno?

- An...não estamos preparados para esse avanço na relação.

- Não estão preparados, ou ele não está preparado? - Meu pai pergunta apontando pra mim e Danny paralisa.

- Papai, já chega. Vamos parar de falar disso ou iremos embora.

- Tá bom,agora vá falar com seu pai aquele homem tá muito empolgado ultimamente.

- Talvez seja o novo secretário - Falo com um duplo sentido.

- Não comece, ele não me trairia.

- Isso é oque o senhor pensa.

- JONATHAN!

- Eu estou brincado -Falo com inocência vendo meu pai com uma cara brava. Ele nem mesmo se despede de nós antes de ir ao meu pai chegando perto dele distribuindo vários tapas.

- Você não fez isso - Danny diz dando um pequena risada, observando a pequena confusão que criei.

- É pra dar um pouco de humor na relação deles -De repente me lembrei de algo e o encarei - E não vamos dormir aqui hoje, meu pai é muito escandaloso a noite.

- Escandaloso? Não entendi - Ele diz com uma expressão confusa no rosto.

- E é melhor não entender. Quer beber algo?

Vejo ele afirma e nos dirigimos até o pequeno bar que havia ali no jardim.

SENTIMENTO MISTERIOSO - OS MARTINELLI'S - LIVRO 3Onde histórias criam vida. Descubra agora