SENTIMENTO MISTERIOSO - OS MARTINELLI'S - LIVRO 3

CAPÍTULO 11

JONATHAN DEL REI M.

Eu tinha que admitir que estava cansado, mas eu não poderia ir embora agora.Faziam meses que eu não aparecia no galpão, aquele lugar estava uma bagunça.

Eu não sabia a quanto tempo eu estava sentado naquela poltrona, lendo contratos e avaliando o novos sistemas.

Eu ainda tinha muitas coisas para fazer. Escolher novos líderes de equipe, aprovar projetos e coisas que eu nem gostava de lembrar que eu ainda teria que fazer.

Minha aparência deveria estar horrível.

Fazia um tempo que Isabelle não entrava no escritório, talvez horas. Na verdade quando você está concentrado em algo você perde a noção do tempo.

Levo minha mão ao meu olho direito, coçando o mesmo.

Eu so precisava dormir um pouquinho...

Não, eu não podia.

Tentei voltar a me concentrar nos papéis a minha frente, mas ouço uma batida na porta.

Com certeza era Isabelle, perguntando novamente se eu não iria querer algo pra comer.

Levanto a cabeça lentamente enquanto falava.

- Isabelle,já disse que não...

Paro minha fala quando vejo ele parado me encarando.

Ele estava bonito, e os óculos o deixavam sexy.

"Que porcaria eu tô pensando?"

- Danny? Oque está fazendo aqui?

Pergunto sentindo uma pequena dor quando me movo na cadeira,mas ignoro, aquela dor deveria ser porque não levanto a muito tempo dela.

- Vim lhe ver - Ele diz me direcionando um sorriso.

E que sorriso lindo... como eu não pude perceber como os sorrisos dele deixava seu rosto tão bonito e iluminado.

"Se concentra Jonathan, até parece que nunca viu um sorriso na sua vida"

Na verdade, eu havia visto tantos sorrisos mas não aquele sorriso.

O sorriso de Danny é lindo.

- Por quê? - Pergunto - Você nunca vem ao galpão.

- Eu não tinha motivos para vim.

- E agora tem? - Pergunto enquanto nossos olhos se mantinham conectados.

- Tenho - Ele diz dando um passo a frente - Você é o meu motivo.

Minha boca secou e meu coração disparou.

Nossos olhos ainda conectados.

- Acho que irei vir aqui mais vezes - Ele diz matendo seu olhar no meu.

Minhas mãos estavam suando. Por que elas estavam suando?

Eu não podia estar nervoso. Eu não fico nervoso.

- A-ah.

Ele desvia o seu olhar do meu e começa a andar pelo escritório.