CAPÍTULO 31

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PENÚLTIMO CAPÍTULO

○•○

TRÊS ANOS DEPOIS

JONATHAN DEL REI MARTINELLI

Tá bom, eu admito que oque fiz há três anos atrás não deixou Danny nada contente.

Porém, se formos comparar em uma escala de dez a zero, a raiva que ele sentia antes, durante e depois da gravidez. Podemos dizer que mudou muito.

Porque, depois daquele incidente maravilhoso no banheiro ele ficou puto. E quando eu digo puto, é tipo...PUTO PRA CARALHO.

Numa escala de dez a zero, ele ficou nível dezesseis.

Ele me ignorou completamente por DOIS MESES.

Cara, vocês sabem oque são dois meses?

Um tortura.

Mas durante a gravidez a escala de dezesseis se tornou dez. Estávamos em nível até calmo, para ele, mas ele ainda evitava me pedir as coisas.

E quando falo que ele evitava pedir, eu quero dizer que ele MANDAVA eu fazer oque ele queria sem contestar.

Simplificando:

Ele mandava e eu obedecia.

Depois da gravidez, agora no caso, a raiva dele estava em um nível cinco.

Ele voltou a falar comigo, mas não tanto quanto antes e quando eu tentava algo...eu acabava com uma parte de corpo machucada.

Quando eu tentei beijá-lo, acabei quase ficando estéril com o chute que ele me deu no meio das pernas.

Quando eu abracei ele, quase fiquei com o braço deslocado.

E quando tentei me aproximar com cautela, levei um soco no estômago.

Não era nada fácil tirar a raiva do meu marido, mas eu ainda podia vê-lo, isso era um ganho enorme comparado a tudo.

Mas ele não me deixava descansar.

Nos havíamos tido gêmeos.

Rosalie e Colin.

Comparado aos trigêmeos, os dois eram fáceis de acalmar, mas isso dependia deles.

Os dois trocavam o dia pela noite, me obrigando a ficar acordado.

Sim, me obrigando porque esse era o meu castigo, palavras do meu marido não minha.

Você não queria filhos? Pois, agora cuide!

Foi isso que ele disse. Não que ele deixa-se de cuidar ou amar as crianças, mas esse era o preço por ter...vocês sabem, dentro dele.

Levou um tempo pra eu voltar a conquistá-lo novamente e dissipar sua raiva.

Mas quando eu queria algo, eu conseguia.

E eu queria meu marido de volta.

E eu tive.

•••

Agora estávamos no jardim, aproveitando a tarde tranquila e fresca.

Eu, ele e as crianças.

Os trigêmeos estavam distraídos desenhando em um enorme papel no chão, e os gêmeos brigavam por um pedaços de rosquinho.

Sabemos que não podemos dar doces para crianças antes de uma certa idade, mas éramos pais bobos.

O corpo de Danny estava em minha frente, ele apoiava sua cabeça em meus ombros, enquanto nossas mãos se mantinham entrelaçadas enquanto encaravamos nossos filhos.

Quem diria, eu julgava meus irmãos por ter tantos filhos mas agora eu tinha cinco, e não poderia estar mais feliz.

Oa trigêmeos iriam completar cinco anos em alguns meses e os gêmeos três anos.

- Quem poderia imaginar né? - Pergunto vendo ele se mexer um pouco.

- O que? - Ele questiona.

- Que teríamos uma família tão feliz.

- É ninguém poderia imaginar mas se eu não tivesse dado o primeiro passo, talvez não tivéssemos isso tudo.

- E eu agradeço todos os dias por você ter feito isso, ursinho - Disse dando um pequeno selar em seu pescoço.

- Você imagina como será a vida deles? - Danny me pergunto.

- As vezes me pergunto qual deles vai comandar tudo no meu lugar, se vão ser feliz e encontrar o amor - Falo passando o olhar pelos nossos filhos.

- Eu também me pergunto isso. Eu só espero estar aqui para ver a felicidade deles.

- Vamos estar, não se preocupe com isso.

Ouço ele suspirar.

- Assim eu espero...

SENTIMENTO MISTERIOSO - OS MARTINELLI'S - LIVRO 3Onde histórias criam vida. Descubra agora