O adeus de Linda Lee.

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Kara estava deitada na cama, todos tinham ido embora há pouco tempo. Ela viu Lena de camisola preta e longa andando pelo quarto e sorriu levemente; como sentia falta de poder ver os movimentos e as formas belas do corpo daquela mulher, sentir o cheiro delicioso dela e poder dormir perto. A luz de um abajur que estava perto dos berços no canto do quarto iluminava o corpo de Lena caminhando e era simplesmente uma cena espetacular.

Kara ficou ali olhando ela andar calmamente até os berços e cobrindo as bebês e depois pegando um frasco de hidratante e passando nas pernas e nos braços. Lena percebeu que estava sendo observada e foi até a cama.

-Por que você está sorrindo, amor? - O coração de Lena ficava descompassado vendo Kara. Mesmo ela machucada e com a aparência de doente, ela ainda era linda.

Kara puxou o ar e disse baixinho.

-Por que... você... consegue... ser cada... dia... mais linda!... Como fui... burra em... ter dito... pra você... procurar... outra pessoa!

Lena sorriu.

-Você foi burra mesmo! Consegue imaginar alguém tocando em mim? Me beijando? Criando suas filhas comigo?

-Não!... Até dói... você dizer... isso! - Kara sentiu ansiedade em imaginar o que Lena havia acabado de falar. Na hora que disse para Lena ser feliz com outra pessoa não havia calculado todas as possibilidades que isso implicava.

-Então senhorita! Trate de ficar boa logo e cuidar de mim! Porque depois que você ficar boa, quero ser muito mimada, tá? E ai de você se, se afastar de mim mais uma vez! - Lena sorriu lindamente, encantando Kara.

- O que você... vai fazer... comigo? - Kara disse e aumentou o sorriso.

- Eu, vou te caçar a laço e te prender em uma masmorra bem alta!

-Hummm... vou adorar... ser laçada... por você! - Kara riu mais alto e sentiu dores no abdômen e no peito e perdeu o ar, engolindo à seco e fazendo expressão de dor.

Lena ficou triste ao ver sua expressão. Acariciou seu rosto e sentiu que ela estava muito quente. Levantou, pegou o termômetro e colocou embaixo do braço de Kara.

-Você está muito quente amor!

- Tô com... tanta sede!

-Vou pegar água pra você! - Lena colocou o robe sobre a camisola, desceu as escadas e viu Lois na cozinha.

- A Ka está com sede! Vou levar um pouco mais de água para depois também.

-Lee, você está exausta, quer dormir em um dos quartos de hóspedes e deixar que eu cuido da Pietra e das meninas? - Lois se ofereceu para ajudar.

-Obrigada Lois! Mas, eu não vejo a hora de poder deitar ao lado dela! Tô morrendo de saudade de ouvir a respiração dela ao meu lado! - Lena ficou corada pela frase espontânea que disse e se sentiu envergonhada.

-Não tem que ter vergonha de mim Lena! Eu também me senti assim, depois que descobri que Clark estava vivo, quando aconteceu aquela explosão do barco. Não via a hora de ficar perto dele! Vocês merecem um pouco de paz e felicidade, agora que tudo acabou! - Lois abraçou Lena que retribuiu o abraço.

-Obrigada Lois! Você está sendo uma grande cunhada!

Ambas riram, pois sabiam que na realidade não eram, mas no coração delas e dos dois que estavam lá em cima, se amavam mais que muitos irmãos de sangue. Do jeito maluco e meio bruto de Clark e Kara, o amor deles de irmãos era enorme. Ambas se despediram e subiram para os aposentos.

Lena chegou ao quarto e viu Kara em pé ao lado dos berços e sorrindo.

-Ei mocinha. Trate de deitar ali e ficar quietinha! Sua médica não a liberou para ficar perambulando por aí!

Invadindo SentidosOnde histórias criam vida. Descubra agora