As portas da morte.

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Era fim de noite na Grécia, Lena tinha subido para a suíte e colocado as duas filhas para dormir. Tinha tomado um banho e estava deitada na cama, relembrando tudo que ocorreu nestes últimos dias. Nesse momento ouviu passos de alguém correndo no corredor. Era Clark que descia apressadamente as escadas. Lena levantou rapidamente e desceu apressada atrás dele.

-O que houve? - Ela perguntou puxando fortemente o ar que havia perdido pela ação rápida que fez e pela ansiedade por notícias. Sentou-se em um dos sofás ao lado de Lois.

-Anunciaram que ocorreu uma explosão em uma ilha em Angra dos Reis, chamei Clark, por que sabemos de uma pessoa que Kara conhecia ali. - Lois falava e não retirava os olhos da tela.

Após algumas matérias o âncora anunciou a que eles aguardavam.

"Na manhã de hoje ocorreu uma explosão em uma ilha em Angra dos Reis. A casa e o helicóptero da empresária francesa Verônica Sinclair presidente da multinacional farmacêutica, France Maaldoria SA, explodiram. Ainda não se sabe as causas das explosões, mas a polícia trabalha com a suspeita de ação criminosa. Foram encontrados catorze corpos do lado externo da casa e mais onze corpos na parte interna da casa, todos carbonizados; nenhum corpo pode ser identificado.

A polícia trabalha com a ligação entre este crime e o ocorrido ainda na madrugada de hoje em Duque de Caxias; eles acreditam que a mesma facção criminosa tenha sido a responsável pela explosão da casa e da chacina em Duque de Caxias, uma vez que a propriedade de Duque de Caxias pertencia ao diretor da mesma empresa.

A única pista encontrada em um dos corpos foi uma máscara, semelhante à usada por um dos criminosos na invasão de um prédio em Ipanema na noite de ontem. A polícia federal Brasileira com ajuda da CIA e da Interpol, acreditam se tratar, da máscara usada por uma assassina internacional conhecida como Linda Lee ; ela é procurada em dezenas de países. A polícia ainda não sabe qual é a ligação entre os três crimes e esta assassina internacional."

Lena que ouvia a notícia ficou pálida, ofegante, seus lábios ficaram com uma tonalidade arroxeada, com os olhos cheios de lágrimas e amoleceu o corpo no sofá, passando mal. Lois a amparou. Clark levantou e ficou andando de um lado para outro na sala. Como um tigre enjaulado.

-Ai amor, o que você acha que aconteceu? - Lois perguntou e permaneceu abanando Lena que ainda estava sem cor.

-Sinceramente, eu não acho que era a Kara! Tudo bem que era a máscara dela na ilha de Verônica, mas por que ela iria pra lá e explodiria a casa? Verônica a ajudou quando ela escapou do barco! Não consigo entender! - Clark roía uma das unhas nervosamente.

- Como podemos saber se era ela ou não? - Lois ainda tentava fazer Lena se restabelecer.

- Não sei! Ela não atende o celular. Não respondeu ao e-mail secreto que usamos. Não tenho como saber onde ela está! - Clark não sabia o que fazer. Lena sentou novamente se sentindo um pouco melhor.

-Clark, como podemos saber se era ela? Onde mais ela poderia ter ido?

-Isso é impossível saber! Ela tem casas, galpões, apartamentos e propriedade em diversos países, todos com nomes falsos. Seria como procurar uma agulha em um palheiro! A única forma de termos certeza seria... talvez... - Ele parou de falar e de andar e olhou para o carrinho duplo que estava vazio na sala. Sorriu e se virou novamente para as mulheres que estavam no sofá.

- Eu sei o que fazer! Mas vou precisar da sua ajuda Lena!

Os três conversaram ainda por quase uma hora. Depois apressadamente chamaram os empregados da casa e começaram a arrumar as malas. Após todas as malas estarem prontas, Clark ligou para alguns conhecidos e conseguiu um avião particular, para a manhã seguinte. Todos se recolheram e descansaram já sabendo qual a ação que cada um tinha que tomar. Após quinze horas de viagem, o avião pousou no aeroporto de Jacarepaguá no Rio de Janeiro.

Invadindo SentidosOnde histórias criam vida. Descubra agora