Capítulo 3 - Aurora

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– Oi Aurora, como você está meu amor? – Zoe me cumprimenta assim que entro pelas portas do Hospital, vim para uma consulta com o neurologista e entregar o resultado dos exames que fiz esses dias. Dou um sorriso e ela vem ao meu encontro com um abraço apertado.

Minha amiga é secretária executiva e trabalha na alta gestão do hospital. Além de administradora ela fez mestrado em Gestão Hospitalar. Ela junto com algumas pessoas cuida do setor de gestão e de todos os demais departamentos administrativos. Ela garante que as rotinas e demais funções dentro do hospital estejam em sincronia e que todos os funcionários possuam todo o necessário para realizar atendimentos de qualidade.

– Oi Zoelândia! Eu estou bem e você? – Dou um sorriso ladino e retribuo o abraço vendo sua cara de desagrado ao ouvir seu nome.

Aff, não me chame assim mulher! Eu odeio meu nome! Eu ainda não sei o que minha mãe tinha na cabeça para colocar esse nome em mim. Com tanto nome bonito nesse mundo ela me deu o pior de todos. – Rio de seu drama. – Toda vez que alguém me chama assim me lembro do nome de algum país! Pensa em Finlândia, Groenlândia, Tailândia, meu Deus! – Gargalho com seu pensamento. Zoe é uma mulher linda, preta com os cabelos bem curtos, a pele é perfeita em um tom de chocolate que mais parece um veludo de tão macia. Ela é um pouco mais alta que eu. Meço um metro e sessenta e três de altura ela mede um e setenta.

Além do contraste de cor e altura tem o de tamanho corporal, é magra, bem magra, magrinha e eu sou gorda, bem gorda. Atualmente estou com noventa quilos, mas já cheguei a pesar mais de cento e cinquenta quilos devido a ansiedade, complexos e distúrbios, mas graças a Deus consegui me salvar antes que algo pior acontecesse.

– Eu gosto do seu nome, é diferente e isso torna alguém ainda mais especial. – Ela revira os olhos. Sem vergonhada. – Você está linda amiga! O idiota do seu namorado já te viu hoje? – Ela sorri e meneia a cabeça. – Não sei o que você viu naquele ser, é sério! Eduardo não te merece, Zoelândia. VOCÊ é muita areia para o caminhãozinho dele. – Ela ergue a sobrancelha e faz um bico torto.

– Não fale assim do Eduardo, mesmo ele sendo um idiota, eu gosto dele. – Crispo os lábios e reviro os olhos, e ela sorri. – Não sei o que aconteceu entre vocês para ele te tratar com tanta aspereza, mas sei que não foi nada bom. – Ela se afasta. – Já pedi para ele me contar, mas ele sempre disfarça ou desconversa. – Pego a bolsa e tiro meus documentos e entrego a ela. – Já que ele não me conta, você como minha amiga poderia me falar o que aconteceu, né? – Meneio a cabeça, ela passa a mexer no computador e em seguido ouço o som da impressora funcionando.

– Da minha parte nada aconteceu. – Dou de ombro. – Eu sempre procurei tratá-lo bem em todo o momento, até tentei me aproximar e ser amiga dele, mas sempre recebi patada. Eu era amiga de Miguel, irmão do seu namorado e nunca se quer havia trocado uma palavra com ele, até que um dia Eduardo se aproximou e começou a dizer muitas bobagens, me afastei e foi a partir daí que ele passou a me tratar dessa forma. – Seguro o envelope embaixo de meu braço para assinar o papel de consulta que ela me entregou.

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