Capítulo 10 - Aurora

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– É sério, tio

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– É sério, tio. O senhor não tem nenhuma obrigação comigo. Sou eternamente grata por tudo que o senhor já fez e tem feito por mim. Nunca conseguirei pagar por tanta ajuda e principalmente por tanto amor e carinho dispensado a minha pessoa. – Suspiro. – Eu estou bem, sério! Alguns dias melhores outros piores, mas vou seguindo meu destino. – Ele aperta minha mão.

– Como descobriu que estava com a mesma doença da Carmem? – Suspiro.

– Fazia alguns dias que estava sentindo formigamento e dormência das mãos. Fora a quantidade de vezes que eu perdi a coordenação motora e derrubei muitas coisas por sentir fraqueza. Esses dias eu me desequilibrei e fui ao chão. – Meio a cabeça. – Isso já era algo normal para mim. Eu vivo caindo por aí, né? – Sorrio em conformidade. – Bom, outra coisa que me levou a procurar o médico foi a fadiga. Sei que por conta do meu peso eu sinto um pouco mais de cansaço, mas estava anormal. Eu faço meus exercícios algumas vezes na semana além de pegar pesado no serviço e isso nunca foi motivo para eu ficar tão fadigada. Se eu pudesse eu ficaria em minha cama o dia todo. – Suspiro. – Eu me lembrei de tia Carmem e como ela começou a cair por nada. Ela tinha uma coordenação motora excelente, melhor que a minha, como ela começou a cair demais eu a levei ao médico expliquei a situação e ele encaminhou para fazer alguns exames onde foi diagnosticado a esclerose. – Ele me observa enquanto conto mais de minha história com minha amada tia. – Agora eu estou bem, não sinto nada. Parece até que eu não estou doente. – Digo.

– Quero te ajudar, e não aceito um não como resposta. Eu preciso cuidar de você, prometi isso para Carmem e vou cumprir, você querendo ou não. – Crispo o lábio. – Você é orgulhosa demais para dizer quando precisa de ajuda, então vou garantir que esteja bem de verdade e seja assistida pelos melhores médicos do Estado de Goiás. – Não tenho como argumentar.

– Tio... – Ele me interrompe.

– Mais alguém sabe? – Solto o ar pela boca de forma ruidosa e anui.

– Sim, tio. Contei e dona Ermiliana, somente elas sabem e agora o senhor. Não quero que as pessoas sintam pena de mim, eu ainda estou bem e posso fazer minhas coisas sem ajuda. Mais uma vez tio, sou grata por tudo o que vocês têm feito por mim e sim, eu sei que posso contar com o apoio de todos vocês. Obrigada. – Ele suspira e toma um gole de seu suco.

Estamos aqui há horas, não sei ao certo, mas decidi deixar tudo às claras, para que ele esteja ciente de tudo e que possa cuidar das coisas quando eu não puder.

– Quero que me diga quando você vai ao médico, pois preciso de mais informações sobre sua doença e como posso e devo proceder com relação aos cuidados, vou junto para que o doutor me passe tudo. – Ele olha no relógio de pulso e bate as mãos nos joelhos. – Bom, preciso ir. Tenho um compromisso inadiável. Assim que estiver liberado eu te ligo, se caso eu sair muito tarde, vou pedir para Ermiliana ir até sua casa e cuidar de você por mim. – Meio a cabeça. – Vou indo qualquer coisa me ligue. – Anui, nos erguemos do sofá, ele vem e me abraça apertado e suspira. – Eu te amo minha filha e espero que me deixe cuidar de você. – Sorrio encostada em seu peito.

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