Capítulo 6 - Aurora

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Bora continuar a história?
Vamos nessa!

Arrumar as bagunças de Eduardo é uma das minhas tarefas quase que diárias

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Arrumar as bagunças de Eduardo é uma das minhas tarefas quase que diárias. As bagunças que falo não são aquelas de trabalho malfeito, daquelas que a pessoa nem sabe o que está fazendo, mas continua fazendo só para ferrar as coisas ainda mais e depois tira o corpo fora, não!

Esse não é o Eduardo.

O problema dele é a desorganização, ele deixa tudo jogado. Sua mesa de trabalho sempre fica repleta de papéis espalhados e a lixeira cheia de tantas coisas que dá até medo de ver.

Ele é um excelente investidor, negociador, resiliente, gerente e todas essas coisas de donos de seus negócios. O todo poderoso!

Eduardo Danso é um profissional excepcional!

Sei que temos nossas desavenças, mas eu preciso reconhecer todo o esforço que ele tem feito. Eduardo é muito bom no que faz.

Sabe aquele tipo de líder efetivo, que atua como uma ligação na comunicação entre seus subordinados e clientes? Abaixo de tio Zé ele é a autoridade máxima na tomada de decisões finais em tudo o que é feito na fazenda. Mesmo que em muitas vezes eu tenha que dar alguma contribuição ou até mesmo interferir em algo que acho que não dará certo, é ele quem dá a última palavra, quem delibera e sentencia tudo o que recai sobre ele. Danso filho é quem determina todas as diretrizes estratégicas da empresa e é ele quem garante que tudo o que foi proposto seja implementado através de etapas funcionais.

Sei como ele é um chato, uma mala sem alça, um completo babaca sem noção, mas não tenho como negar que ele é sensacional, Eduardo é o cara, de verdade! Além de ser extremamente capacitado para a função de chefe e futuro CEO, ele é metódico, perfeccionista e muito, mas muito competente.

Desde que comecei a trabalhar para o tio Zé, Eduardo já fazia o papel de filho exemplar, nunca se quer quis sair da fazenda nem mesmo para estudar fora. Diferente do irmão, ele ficou, estudou, fez pós-graduação e mestrado. Sei disso por sempre o ver com a cara enfiada nos livros. E também por causa do seu pai que mesmo sabendo da implicância do filho me conta tudo sobre ele. No tempo em que passeava por aqui quando era criança e, quando iniciei minha vida adulta de trabalhos e estágios eu continuava vendo seu esforço.

Até hoje é assim.

Dona Helena, a mãe, sempre o tratou com indiferença, já tio Zé sempre foi rígido demais e cobrava a perfeição de ambos os filhos. Eu via a frieza com que o grande senhor Danso falava com eles, principalmente Eduardo, por ele ser o mais velho, eu acho. A cobrança era sempre maior e mais pesada.

Levar o patrimônio e o sobrenome do pai e dos avós aos quatro ventos é uma tarefa árdua e eu sei que devo me colocar em meu lugar e nunca jamais o desrespeitar, pois como todos aqui dentro eu sou apenas uma empregada, uma funcionária desse grande conglomerado. Eu só não posso deixar que ele me sentencie e me julgue por algo que não fiz, que ponha sobre meus ombros uma responsabilidade de uma infração que eu não cometi ou que ele duvide de minha competência como profissional.

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