Capítulo 9 - Aurora

73 15 25
                                    

Cheguei na sede da mansão mais cedo do que de costume

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Cheguei na sede da mansão mais cedo do que de costume.

Segunda-feira é um dia que se eu pudesse, tiraria do calendário. Depois de um final de semana incrível com Zoe, ter que voltar a trabalhar e pior, encarar meu algoz seu irmão, me traz uma sensação de angústia enorme no peito.

No período da manhã foi bem tranquilo. Fui em vários lugares da fazenda para ver o andamento da colheita e plantio de soja e tomate. Participei de uma reunião rápida com o pessoal que cuida dos garanhões aqui da fazenda. Precisaremos investir pesado no planejamento de toda estrutura como as baias, o espaço melhor para exercitar os cavalos, o lavador, teremos que construir uma farmácia pequena.

Na verdade, temos apenas estoques de alguns medicamentos e as vacinas dos animais e algumas contra picada de cobra. Tudo fica no consultório veterinário onde Custódio e Mônica trabalham. Os remédios sempre tenho que ir em uma farmácia especializada para comprar ou peço pela internet e eles me enviam, por esta razão teremos que construir uma farmácia e um banco de sêmen equino.

No momento, estou no horário de almoço. Saí para comer logo depois que tio Danso saiu da fazenda. Não quero conversar com ele, estou muito chateada, ele mais do que ninguém sabe como Eduardo é, e mesmo assim ele quer que eu fique presa a este lugar com aqueles dois seres. Também não vi Eduardo e Miguel, na verdade não quero vê-los tão cedo. Se fosse possível eu adiaria toda e qualquer chance de me encontrar com ambos. Desde nossa conversa já se passaram seis dias.

- Mas agora se quisermos investir na produção de sêmen equino teremos que melhorar e muito nossa estrutura seu Joaquim. - Ele anui mastigando sua comida. Ele é um dos trabalhadores que ajudam na manutenção das baias.

- Inclusive teremos que reconstruir um depósito para feno e outro para ração. - Ele aponta para mim com seu garfo enquanto diz. Anui para a constatação.

- É verdade. Agora preciso conversar com a equipe de veterinários e deixá-los informados de que o trabalho dobrará e que teremos de nos concentrar na reprodução de nossos animais. - Levo um pedaço de carne à boca. Continuamos com nossa conversa, planejando tudo o que precisa para que esse serviço se torne realidade.
No período após o almoço, fiz algumas vistorias, deixei no escritório de tio Danso todos os relatórios sobre as colheitas e plantio e inclusive da reunião com relação aos equinos. Não será nada fácil, mas não impossível.
Entro na sala dos funcionários para descansar um pouco. São treze horas ainda. Sento-me em uma poltrona e estico minhas pernas colocando-as em cima da mesa de centro. Fecho meus olhos e me acomodo melhor no assento. Felizmente hoje a sala está vazia, então fico mais tranquila. Ainda tenho um pouco mais de uma hora de descanso e vou aproveitar dessa forma.

- Você deveria me agradecer. - Me assusto com a voz grave de Eduardo. Não sei quanto tempo passou, só sei que não ouvi a porta sendo aberta e nem seus passos. Devo ter dormido logo que fechei os olhos. - E porque está dormindo em horário de expediente. Isso será descontado em seu salário. - Ele diz em tom arrogante e prepotente até mesmo para ele.

A luz de AuroraOnde histórias criam vida. Descubra agora