Reconhecendo o Amor

Capítulo 9

Pov. Ethan

Caio exausto e suado na cama ao lado de Megan depois de ter um orgasmo totalmente vazio, mas necessário. Depois do não beijo com Íris e de estar mais confuso do que nunca, achei melhor ficar com alguém para aliviar minha mente.

– Achei que, depois da festa, tinha esquecido o quanto nós nos divertimos juntos – Megan fala com humor se aconchegando em mim, mas eu só quero que pare de me tocar.

– Não esqueci, só não estava tendo uma boa noite. –

Fiquei tão mal depois que Íris foi embora que fiquei bêbado e fui para casa vomitar e dormir. No dia seguinte, ignorei a ressaca e respondi a mensagem de Megan me convidando para ir até a sua casa.

Tento ser o mais sincero possível nas minhas relações porque não quero me prender a ninguém. Não vejo nada errado em manter alguma coisa casual com ambos sabendo da verdade.

Megan permanece deitada em meu peito e levanta sua mão para fazer um carinho na minha barriga. O gesto de carinho de repente me deixa sem graça e me sinto na obrigação de esclarecer algumas coisas.

– Obrigado pela diversão. Você lembra que o que temos é casual né? –

– Não esqueci – ela diz baixo – Mas sempre conversamos, Ethan. Sei que tem algo errado. Por que não me conta? –

Ficamos em silêncio e olho para o relógio em meu pulso para contar dez minutos e ir embora. Apesar desse apoio, não me sinto confortável para conversar com Megan, principalmente sobre outra garota.

– Não quero falar sobre isso. –

Ela assente e continua quieta. Sinto que vai falar alguma coisa quando delicadamente me afasto e começo a me vestir. A vejo bufar enquanto ponho minha calça, mas não estou com cabeça para isso. Acho que não devo continuar ficando com Megan, porque ela parece estar se apegando demais e no momento na minha mente só existe outra pessoa.

Depois dessa distração, preciso ficar um pouco sozinho com meus pensamentos que insistem em me fazer pensar em alguém que não me quer.

Afinal, por que ela foge tanto de mim? Será que fiz alguma coisa errada? Ninguém nunca fugiu desse jeito de mim e até deixaria pra lá se não estivesse tão fixado nela a tanto tempo.

Termino de me vestir e. Megan reclama um pouco por ser de manhã cedo, mas não insiste porque sabe que me irrita.

Não me apresso para ir para casa porque andar de carro me ajuda a pensar. Como não tenho treino hoje e minha aula é só mais tarde, não me preocupo tanto com o tempo e pego o caminho mais longo. Observo as pessoas, ouço música e tento pensar em formas de convencer Íris a ficar comigo.

Enquanto penso, vejo uma figura familiar andando longe, mas reconhecível pelas roupas escuras e justas. Luísa! Dou a volta com o carro a ando do lado dela até que ela preste atenção em mim. Ela me vê e sorri, mas parece forçada.

– Bom dia. Quer carona? – ofereço para ser gentil, mas na verdade só quero saber sobre sua amiga.

–Claro! – ela aceita com bem menos resistência do que eu pensei. Agora, depois de cumprimentá-la, seu sorriso parece menos forçado e ela parece a vontade ao entrar no carro e deixar sua bolsa no chão.

Seu conforto me faz rir internamente por automaticamente me fazer pensar em íris toda retraída no meu carro como se eu pudesse mordê-la. Não que eu não tenha vontade.

– Tudo bem? Obrigada pela carona. Estou indo para a faculdade agora, não é contramão para você?

Ela fala tão rápido que não sei o que dizer primeiro