Acordei no dia seguinte com alguém a beijar os meus lábios, descer pelo meu pescoço e demorar nos meus seios.
-Matt...-gemi o seu nome.
-Bom dia minha santa-ele riu beijando o meu nariz.
-Bom dia-sorri olhando nos seus olhos.
Acordar e ver Matteo a partilhar a mesma cama que eu só me fez encher o peito de alegria. Eu por muito que negasse já não conseguia esconder que gostava dele mais do que se calhar aquilo que devia. Eu amava-o e depois da noite de ontem eu podia dizer que o amava mais.
Matteo fez-me sentir coisas que eu nunca pensei vir a sentir. Foi tudo uma explosão de felicidade e cumplicidade. Talvez eu esteja demasiado iludida com esta situação, porque de certeza que Matteo não me olha com os mesmos olhos que eu.
Ele é somente o pai da minha filha e eu apenas a mãe da sua filha.
Apesar da nossa relação no início não ter sido muito agradável, eu agora consigo ver que Matteo tem bom coração e só queria proteger os filhos do mundo.
Respirei fundo.
-No que tanto pensas?-senti a sua mão acariciar o meu rosto.
Olhei nos seus olhos e o meu sorriso ficou fraco.
-A noite de ontem...-respirei fundo-não devia de ter acontecido Matteo-neguei.
-Porque não? Não gostaste?-ele olhou para mim confuso-eu magoei-te foi isso? Desculpa, eu não queria...
-Não é nada disso-neguei sentando-me na cama tapando o meu corpo com o lençol-é só que...não nos devíamos de envolver assim desta maneira, é errado.
-Porque achas que é errado?-ele sentou-se ao meu lado.
-Matteo pensa comigo...-olhei nos seus olhos-olha como a nossa história começou, como nos conhecemos, como eu engravidei...-suspirei-talvez isto que nós temos seja só atração e...
-Só atração?-ele olhou para mim confuso-não estás a falar a sério Maria!?
-Depois tem Gabriel, a felicidade dele e...
-O que tem o Gabriel haver connosco?
-Matteo, eu daqui a três meses vou embora-quase gritei sentindo um nó na minha garganta ao proferir aquelas palavras-não nos podemos envolver assim, não nos podemos iludir, não podemos iludir o Gabriel para um futuro que não vai existir e...
-Porque não pode existir um futuro Maria?-ele levantou-se vestindo a sua cueca e andou de um lado para o outro.
-Porque eu assinei um contrato...-falei num sussurro fungando-é por isso...
Baixei a cabeça quando senti lágrimas descerem pelo meu rosto.
-Desculpa...-funguei levantando a cabeça e encarando aquele homem estático à minha frente.
-E se não existisse contrato?-ele olhou para mim-serias capaz de sei lá...me amar?-sorri olhando nos seus olhos-ou experimentar estas coisas comigo?
-Sim-sussurrei sorrindo entre lágrimas.
Matteo não sabia, mas eu já o amava mesmo com o contrato.
Ele apenas assentiu com a cabeça passando as mãos pelos seus cabelos.
-É melhor saíres daqui antes que as pessoas comecem a acordar e te vejam-Matteo falou tão rude que me doeu no peito.
Vi o seu corpo entrar na casa de banho e permiti-me chorar.
Eu sabia que não nos devíamos ter envolvido assim. Ía doer muito quando tivéssemos de nos separar e a bebé ainda nem nasceu.
Funguei limpando a cara e saí da sua cama apanhando as minhas roupas do chão e vestindo-as outra vez. Apanhei a coroa e o tecido que usei na cabeça ontem à noite e olhei uma última vez para a porta da casa de banho antes de sair.
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Virgem Maria
RomantikMaria tinha apenas 19 anos quando descobriu que estava grávida, mas algo estava errado. Maria era virgem, então como isso aconteceu? Matteo era dono de uma grande empresa, que se viu numa situação estranha quando descobriu que uma desconhecida ficar...