Cap18-Matteo Cavichiolli

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Mais um mês se tinha passado e agora Maria encontrava-se com seis meses de gestação e a sua barriga está cada vez maior, parece que vai explodir a qualquer momento.

Desde aquele dia em que nos beijamos há um mês atrás que eu e Maria temo-nos encontrado algumas vezes depois do jantar no seu quarto. Fico sempre ao seu lado até ela adormecer e que linda que ela é quando dorme que nem um verdadeiro anjinho.

Nós temo-nos conhecido melhor a cada dia que passa e confesso que ela é uma menina-mulher muito interessante. Maria é muito inteligente, empenhada, responsável, carinhosa e atenciosa e eu até podia continuar aqui a enumerar todas as coisas maravilhosas que ela é e faz, mas não sairíamos daqui tão cedo.

Confesso que fui muito injusto com ela nos primeiros meses, não sabia como tratá-la e tratar toda a situação em que nos encontramos, mas agora que a conheço melhor pretendo mudar um pouco as minhas atitudes mais grotescas.

Às vezes nós vamos passear os dois sozinhos, mas nada de mais, são passeios rápidos. Tenho pedido ajuda ao meu pai para me explicar o que fazer para ela se sentir bem agora que está no final da gravidez e não tenha nenhum imprevisto.

Todos os lugares que fomos seja para estar ou passear foram ideias do meu pai e querem saber de uma coisa? São os mesmos lugares que ele levava a minha mãe quando eram mais novos. Ri quando o meu pai me contou ao fim de quatro passeios com a Maria. Mas independentemente de tudo, Maria tem adorado todos os lugares, pelo menos é o que demonstra o seu sorriso.

E vocês perguntam: Ah, mas e o pequeno Gabe?

O Gabe? Esse está cada vez mais esperto e continua a chamar a Maria de "mamã". Nunca vi criança tão amorosa como ele e o que mais me impressiona é que Maria não parece estar incomodada com o facto de ser chamada de mãe por uma criança que não é dela e isso só me faz ter a certeza que Maria é a tal.

Minha Maria.

Eu não sei se é amor ou atração que eu estou a sentir por ela, mas o certo é que eu me sinto bem quando estou ao seu lado. Com ela.

Já houveram muitos beijos entre os dois, mas nenhum pedido ou declaração foi feita por nenhum dos dois. Talvez porque ainda não saibamos o que realmente está a acontecer entre nós ou talvez tenhamos medo que seja algo realmente sério e não queiramos estragar o que está a ser construído entre nós, a nossa amizade.

Saí dos meus pensamentos quando bateram à porta da minha sala e eu dei permissão para entrarem, mas ninguém ousou entrar. Achei aquilo estranho, mas ignorei. Talvez se tenham enganado.

Mais uma vez bateram à porta e bufei já chateado com a brincadeira de mau gosto.

Levantei-me da minha cadeira e caminhei em passos pesados até à porta e abri-a de repente fazendo-me arregalar os olhos e por fim sorrir ao ver Maria à minha frente.

-Maria?-olhei para ela surpreso e confuso-o que estás aqui a fazer? Quer dizer...como descobriste onde era a empresa?

Eu já lhe tinha dito que era dono de uma grande empresa do ramo de automóveis, mas nunca lhe dissera onde era nem onde ficava.

-Ah não Matteo...-ela fez cara feia-esperava uma melhor receção-ela fez biquinho-mas respondendo à tua pergunta, acho que pedi uma pequena ajudinha à Malia-ela riu corando.

-A dona Malia, essa louca-ri da sua cara roubando-lhe um beijo rápido-a que devo esta tua visita?

-Bem...-ela pensou sorrindo-quisemos fazer-te uma surpresa e decidimos trazer-te o almoço-ela encolheu os ombros.

Virgem MariaOnde histórias criam vida. Descubra agora