Cap22-Matteo Cavichiolli

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-MERDA...-gritei atirando um jarro de flores para o chão partindo-o em várias partes.

Caminhei de um lado para o outro passando as mãos pelos meus cabelos.

-O que foi que eu fiz?-berrei comigo mesmo.

Porque eu falei assim com o meu filho? E porque tratei a Maria daquela maneira?

Estúpido.

Idiota.

-Matteo?-olhei para trás quando vi os meus pais entrarem em casa.

A minha mãe deixou as sacas que trazia de qualquer maneira no chão e aproximou-se de mim preocupada.

-O que se passou aqui?-ela olhou tudo à sua volta.

-Eu estraguei tudo...tudo...-falei desesperado-o Gabe está lá em cima sem falar e a chorar e a Maria saiu de casa e eu nem sei se ela volta depois de...depois de...

-Depois do quê Matteo?-a minha mãe olhou para mim preocupada e assustada-o que tu fizeste?

Sentei-me no sofá com a minha mãe ao meu lado e o meu pai no sofá em frente. Contei-lhes tudo o que se passara e quando terminei percebi que estava a chorar também desesperado.

-Tu não o fizeste Matteo-a minha mãe levantou-se do sofá e andou de um lado para o outro-a Maria pode estar a correr perigo Matteo, ela pode ter a criança a qualquer momento e as estradas vão ser cortadas devido à intensa neve que cai lá fora e...e o teu filho Matteo? O que te deu na cabeça para falares uma coisa daquelas? Oh meu Deus. Não foi assim que eu te criei-ela abanou a cabeça negativamente.

-Mãe...

-Estou tão desiludida contigo-eu percebi a desilusão no seu olhar-eu vou ver como está o meu neto e tu meu menino trata de resolveres toda a tua borrada.

-Mas mãe...

-Agora Matteo-os seus olhos azuis estavam carregados de preocupação e desilusão.

Ela saiu da sala para ir ter com o meu filho e na sala fiquei eu e o meu pai.

-Vamos-o meu pai levantou-se do sofá pegando no casaco-vamos procurar a Maria.

-Tu vais ajudar-me?-olhei para o meu pai que tinha a mesma desilusão no olhar-pensei que estivesses também desiludido comigo.

-E estou desiludido, mas isso não me vai impedir de ajudar o meu filho-ele falou sério já saindo de casa.

Fui atrás do meu pai e conduzi o carro pelas grandes e geladas ruas da cidade. A neve já começava a subir gradualmente quase impedindo de andar com os carros pelas estradas.

-Onde a vamos procurar primeiro?-o meu pai perguntou.

-Tenho o meu GPS ligado ao GPS do telemóvel da Maria e estou a ir em direção ao local que me está a indicar aqui-segui aquele caminho.

Ao fim de uma hora chegamos ao destino e franzi o cenho quando vi aquele sítio. Aquele não parecia ser um sítio que Maria frequentasse, não era do seu estilo.

Saímos do carro e parámos em frente a uma casa pequena que mais parecia estar abandonada.

Fechei mais o meu casaco com toda aquela neve que caía e olhei para o meu pai que assentiu com a cabeça e entramos naquela casa.

Abrimos a porta e demos de caras com dois homens e...

-Giovana?-olhei para ela que me olhada surpresa ao me ver ali.

Aqueles dois homens foram rápidos a agarrarem em mim e no meu pai. Giovana meteu-se à nossa frente rindo.

-Nunca pensei ver o grande Matteo Cavichiolli atrás de uma mulher-ela riu maliciosa-principalmente por uma mulher tão sem sal como a Maria.

Virgem MariaOnde histórias criam vida. Descubra agora