Virgem Maria

Cap11-Maria Castillo

Acordei no dia seguinte com os raios solares a baterem-me na cara e logo me espreguicei, mas no mesmo instante parei assim que senti alguma coisa em cima de mim.

Olhei para o pequeno peso na minha barriga e vi uma cabecinha loira dormir muito tranquilamente. Sorri quando vi o meu pequeno anjinho ali comigo.

Gabriel era um menino tão meigo e carinhoso que às vezes fico na dúvida se ele realmente foi criado por Matteo, aquele rabugento estúpido e com uma pedra no lugar do coração.

Saí da cama muito lentamente sem acordar Gabriel e calcei os meus chinelos saindo do quarto.

Ía pelos corredores daquela casa distraída a olhar para mim mesma. As minhas roupas já começavam a ficar um pouco apertadas. O meu pijama já estava mais apertado também e eu precisava de comprar roupas maiores.

Saí dos meus pensamentos quando fui contra alguém e quando levantei a cabeça sorri quando vi que era Malia que sorrira também.

-Bom dia Malia-abracei-a feliz por vê-la.

-Bom dia minha querida-ela sorriu-impressão minha ou esse pijama está mais apertado!?

-É verdade-concordei com ela-eu estava a pensar em ir comprar algumas roupas hoje visto que não tenho aulas-falei empolgada.

-Então estás com sorte, pois eu hoje estou de folga e se não quiseres ir sozinha eu teria muito gosto em te acompanhar-ela falou.

-Seria um prazer-falei quando chegamos à sala de jantar para tomar o nosso pequeno almoço.

Encontramos Matteo e Pedro, os homens da casa, a tomarem o seu pequeno almoço.
Eu e Malia cumprimentamo-los e juntamo-nos a eles.

-Onde está a Gabriel?-Matteo olhou para mim.

-Ele ainda está a dormir-falei sorrindo-não o quis acordar visto que ele está de férias e...

-Não és mãe dele para decidires o que quer que seja em relação ao meu filho-Matteo falou tão grosso que quase chorei ali na frente de todos

Odeio estas hormonas de grávida.

-Matteo...-Malia olhou chateada para o filho.

-Sem problema-concordei já me levantando da mesa-eu já terminei mesmo e assim já vou acordar Gabriel, com licença-e saí da mesa.

Voltei para o meu quarto com um nó na garganta. Eu queria tanto gritar com aquele homem estúpido, mas se eu o fizesse eu iria chorar com toda a certeza.

Entrei no quarto e observei o meu anjinho sentado na beira da cama sossegado e de cabeça baixa. Achei estranho vê-lo assim porque Gabriel é um poço de alegria logo pela manhã e hoje estava muito quietinho, nem desceu para tomar o seu pequeno almoço como sempre faz.

-Bom dia meu anjinho-falei sorrindo.

Vi a sua cabecinha levantar e abrir um grande sorriso no seu rosto fazendo-me sorrir mais. Gabriel colocou-se em pé na cama e começou aos saltos fazendo-me rir da sua atitude.

-Bom dia Maria-ele falou rindo também-tu estás aqui, tu estás aqui.

Olhei para ele confusa.

-Porque não haveria de estar aqui?-levantei uma sobrancelha.

Ele parou de saltar e sentou-se na cama mais sério.

-Ontem estavas triste e eu pensei que era por eu me ter portado mal-ele fez um pequeno biquinho-e hoje quando acordei pensei que tinhas ido embora sem te despedires de mim como a mamã fez-vi os seus olhinhos marejados e por consequência os meus também.