Enquanto Matt e Gabe brincavam à bola, eu continuei sentada debaixo daquela grande árvore a sentir a leve brisa no meu rosto.
Sorri quando senti a minha filha mexer de novo dentro de mim. Eu ficava tão orgulhosa quando ela fazia isso. Sentia-me realmente poderosa.
Acariciei a minha barriga sorrindo distraída enquanto observava as pessoas que por ali passavam naquele grande jardim. Algumas dessas pessoas faziam exercícios, outras estavam sentadas na relva verde e fresca a conversar, outras passeavam e outras estavam ali com os seus filhos a passarem numa bela tarde em família.
Sorri continuando a acariciar a minha barriga de seis meses.
Observei com atenção quando vi uma mãe a empurrar um carrinho de bebé. Ela parou o carrinho e tirou o seu bebé por estar a chorar.
Sorri quando percebi que o bebé era uma menina e automaticamente acariciei mais a minha barriga.
Aquela bebé pequenina e rechonchudinha parou de chorar assim que a sua mãe a colocou encostada no seu peito. Vi a sua mãe sorrir e eu já estava lavada em lágrimas.
Sentia cada uma das minhas lágrimas descerem pelo meu rosto ao ver aquela cena tão carinhosa e ternurenta.
Não sabia se estava a chorar por causa das hormonas de grávida ou se chorava por saber que eu nunca teria aquilo, nunca teria o aconchego da minha filha no meu peito, nos meus braços.
Tentei limpar as lágrimas, mas saíam mais a seguir.
Funguei.
Aquela mãe voltou a colocar a sua bebé no carrinho e saíram dali.
Acariciei a minha barriga sorrindo entre lágrimas.
-A mamã ama-te tanto-falei para a minha barriga, um ato que já venho adquirindo a algum tempo-nunca me esquecerei de ti meu amor e não desistirei de ti...nunca-sussurrei.
-Mamã...-tentei limpar a cara quando ouvi Gabe me chamar-eu ganhei ao papá, fiz um golo e...-aquele pequeno anjinho parou para me observar-estás a chorar mamã?
-Não meu amor-sorri abrindo os braços para ele-só estou um pouquinho cansada.
Vi Gabe se sentar no meu colo de frente para mim e pousar as suas mãos na minha barriga muito atento.
-Quando é que eu posso conhecer a minha irmãzinha?-ele olhou para mim-quero jogar à bola com ela.
-Daqui a três meses mais ou menos poderás conhecê-la meu anjinho e assim podem brincar muito os dois quando ela crescer um pouquinho-sorri.
-Tu e o papá também vão brincar connosco?-ele sorriu empolgado.
Sorri fraca com a sua pergunta.
Não sabia nem o que responder àquela sua inocente pergunta.
Queria tanto que fosse verdade o que Gabe acabara de falar, mas aquele maldito contrato não me vai permitir que isso um dia aconteça. Não me vai permitir que seja mãe um dia e eu sinto que me perderei neste mundo sem a minha filha nos meus braços.
Suspirei.
-Trouxe gelados para todos-saí dos meus pensamentos quando Matt sentou-se ao nosso lado e deu um gelado a cada um.
Eu e Gabe agradecemos e ficamos os três ali naquele silêncio acolhedor. Matteo percebeu que eu estivera a chorar, mas nada dissera ou perguntara e é melhor assim. Eu não queria ter de responder a nada ali e agora e estragar a nossa tarde.
(...)
Eram quase horas de jantar quando chegamos a casa e logo fomos recebidos por uma Malia e Pedro sorridentes.
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Virgem Maria
Roman d'amourMaria tinha apenas 19 anos quando descobriu que estava grávida, mas algo estava errado. Maria era virgem, então como isso aconteceu? Matteo era dono de uma grande empresa, que se viu numa situação estranha quando descobriu que uma desconhecida ficar...