Virgem Maria

Cap36-Maria Castillo

Fiquei mais relaxada e tranquila após alguns minutos sentada em frente àquela linda praia azul e ensolarada.

Matt decidiu em virmos almoçar ao restaurante da praia e não poderia ter escolhido melhor local para o fazermos. A praia deixa-me completamente serena e tranquila, ainda mais nesta altura em que Giovana decidiu aparecer nas nossas vidas novamente.

-O almoço estava maravilhoso-falei assim que terminei.

-Continuo a preferir comer o teu corpo, mas sim o almoço estava bom-senti as minhas bochechas queimarem com o seu comentário.

-Idiota-ri.

-Idiota, eu?-ele riu-mas aqui a louca por sexo és tu minha menina-ele soltou.

-Idiota...-falei outra vez-eu não sou louca por sexo-falei mais baixo-e por favor fala baixo, alguém pode ouvir-olhei tudo à nossa volta, mas todos pareciam distraídos.

-Já é a segunda vez que vens ter comigo à empresa totalmente desesperada por sexo-ele riu fazendo as minhas bochechas queimarem-adoro quando estás assim meu amor.

-Assim como?-levantei uma sobrancelha.

-Assim toda disposta para mim-Matt encostou-se na sua cadeira-gosto dessa tua ousadia.

Revirei os olhos rindo das suas palavras.

-Eu tenho as minhas necessidades...-encolhi os ombros convencida.

-E como eu adoro as tuas necessidades loucas e repentinas-Matt inclinou-se para a frente pousando a sua mão na minha-podes ter as tuas necessidades todos os dias, pois eu não me importarei-ele riu fazendo-me sorrir com as suas palavras.

Voltei a olhar para o mar à minha frente e sorri suspirando.

Por breves segundos a imagem dos nossos filhos passou-me pela cabeça e senti um aperto no peito.
Coloquei a mão no meu peito e ajeitei-me melhor na cadeira.

-Está tudo bem?-Matteo olhou para mim preocupado-ficaste estranha de repente.

-Estou bem meu amor, não te preocupes-dei um sorriso fraco-só estou um pouco cansada.

-Queres ir para casa descansar?-ele chamou o garçom e pagou a conta do almoço-talvez precises de repousar e...

-Tu és louco?-olhei para ele revirando os olhos enquanto nos levantávamos-não sou nenhuma velha inválida-bufei.

-Não disse nada disso meu amor, eu só...-ele pensou nas palavras certas-eu só me preocupo contigo.

-Eu sei...-apenas concordei.

Algumas horas depois...

Eram horas de jantar quando aqueles dois pestes entraram pela porta de casa disparados enquanto provocavam um ao outro não reparando na minha presença enquanto descia as escadas.

-És um idiota-Eva bufou-porque fizeste aquilo? Não tinhas o direito Gabe-Eva deixou a sua mala em cima do sofá completamente chateada.

-Eu sou teu irmão, só te queria proteger-Gabe revirou os olhos pousando também a sua mochila em cima do sofá chateado.

Os dois bufaram e sentaram no sofá um em cada ponta do mesmo.

-Posso saber o que deixou os meus filhos tão perturbados assim?-aproximei-me deles sentando-me no sofá no meio deles.

Ambos se entreolharam e nada responderam.