Cap 35-Matteo Cavichiolli

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Saí imediatamente da empresa quando a minha mãe me ligou um pouco nervosa e me falou que Giovana se atreveu a ir até minha casa confrontar a minha mulher.

-Aquela maldita-bati com a mão no volante.

Como aquela cobra teve a coragem de entrar na minha casa e se atreveu sequer a enfrentar a minha mulher e cuspir aquelas suas palavras venenosas aos meus filhos?

Entrei nos grandes portões de casa e parei o carro de qualquer maneira. Entrei em casa e logo a minha filha Eva veio até mim me abraçando com a minha mãe atrás de si.

-Papá...-envolvi a minha filha num forte abraço e beijei os seus cabelos.

-Está tudo bem princesa-acariciei o seu rosto.

-A Maria ainda não saiu do quarto desde que Giovana aqui esteve-a minha mãe parou à nossa frente e olhou-me preocupada-vai até lá e conversa com ela, ela precisa de ti agora.

-Eu vou lá agora-virei costas, mas depois lembrei do meu filho-como está o Gabe?-voltei a olhar para as duas.

As duas se entreolharam e voltaram a olhar para mim.

-O Gabe subiu até ao quarto-foi a minha mãe quem falou-ele deve estar um pouco confuso também.

Eu apenas assenti e subi até ao meu quarto onde entrei, mas não vi a minha doce mulher. Fui até à casa de banho e ao closet, mas ela não se encontrava lá também.

Quando olhei para a grande janela do nosso quarto que dava para o terraço, percebi que a mesma se encontrava aberta, então segui até lá na esperança de encontrar a minha mulher.

Assim que atravessei aquela porta de vidro sorri quando vi a minha menina adormecida no sofá. Aproximei-me e sentei-me ao seu lado no sofá pegando na sua mão e acariciando a sua bochecha.

Sorri quando o seu corpo se mexeu e os seus olhos castanhos apareceram no meu campo de visão. Maria logo me abraçou fazendo-me envolver todo o seu corpo nos meus braços.

-Eu estou tão cansada de tudo isto Matteo-ela suspirou no meu peito-isto não devia de ser assim, não devia-senti as suas lágrimas molharem a minha camisa.

Apertei-a mais nos meus braços e beijei os seus cabelos num gesto de amor e carinho com a intenção de a confortar um pouco.

-Vai tudo ficar bem meu amor-acariciei os seus cabelos.

Maria chorou tudo nos meus braços durante alguns minutos. Deixei-a chorar tudo e soltar tudo o que ela prendia dentro do seu peito.

Aos poucos o seu choro foi cessando e logo ela simplesmente ficara nos meus braços muito sossegada.

Continuei a acariciar as suas costas  e os seus cabelos até sentir o seu corpo se afastar um pouco do meu.

Vi as suas delicadas mãos limparem as lágrimas que restaram no seu rosto e me encarar muito pensativa.

Continuei em silêncio tentando não invadir o seu espaço nem os seus pensamentos, mas muito rapidamente fomos interrompidos com um barulho vindo do nosso quarto.

Eu e Maria olhamos um para o outro e levantamo-nos muito rápido para ver o que se passava, mas antes que entrássemos no nosso quarto fomos abordados pelo nosso filho Gabe com uma cara séria.

-Filho...-Maria sussurrou ao meu lado.

-Mãe...-Gabe correu para os braços da mãe que ficara emocionada.

-Como estás?-Maria perguntou ainda abraçada ao filho.

-Não queria que nada daquilo acontecesse-Gabe falou saindo dos braços da mãe-Giovana não tinha o direito de te tratar daquela maneira.

Virgem MariaOnde histórias criam vida. Descubra agora