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Lila Winter
Quântico, Virginia. Sede do FBI.

A gente estava em uma sala de conferência, todos tinham uma pasta, creio que do caso atual que o Hotcher chegou falando depois da ligação, mas eu não tinha uma pasta, porém tinha uma cadeira roxa escura diferente de todas que eram preta, acho que minha entrada na equipe foi mais repentina do que eu pensava. Então a colorida entrou na sala e sorri para mim, mas é aquele tipo sorriso antes de alguém dar uma notícia ruim.

- então meus amores, ontem foi encontrado dois corpos, uma mulher e um homem, os dois foram achados em um cinema ao ar livre, o mais bizarro é que mais dois corpos foram encontrados no mesmo dia, ninguém notou porque pareciam um casal vendo o chafariz do parque - ela diz e eu olho para o arquivo do Rossi ao meu lado - hoje encontraram duas mulheres mortas em um carrossel como se fossem um casal também, se for o mesmo padrão, ainda tem mais dois corpos para ser encontrados. Ah, quase esqueci, todos os três casais estavam com uma linha vermelha amarrada em seus dedos.

- são casais - eu falo e todos me olham - o primeiro casal estão no primeiro encontro, a maioria dos primeiros encontros são em cinemas ou restaurantes, o segundo casal estão olhando para o chafariz durante o pôr do sol, e o as meninas é o casal proibido, é o casal que religiosos condenam é por isso foi em um carrossel, muitos dizem que seus filhos são gays por terem visto isso na TV ou na rua, o elemento quer influenciar - eu falo e ele sem olham.

- e como chegou nessa conclusão? - o Hotcher pergunta.

- o assassino deve ser injustiçado, ele é considerado feio e tem uma boa imaginação, o senhor já conheceu uma leitora? - ele nega e eu faço uma careta - enfim, muitas garotas lê romance ou coisas assim, o jeito que o assassino arrumou os corpos, fazem parte de uma história para o elemento.

- faz sentido, é como o elemento vê o amor, é uma linha tênue entre amor e ódio, o elemento ainda acha que o amor depois da morte existe é por isso que ele coloca um fio vermelho nos dedos das vítimas - o Reid completa meu pensamento e concordo com a cabeça.

Todos ficam inquietos olhando para mim e para o Reid, até o Rotcher mandar todos irem se preparar porque iriam sair em 30 minutos, eu iria ficar com a Garcia e ajudaria no que precisasse, afinal eu ainda não era uma agente oficial do FBI, depois eu acompanhei a Garcia até sua sala computadorizada e comecei a montar o quadro de suspeitos. O fio vermelho me fez lembrar daquela lenda de almas gêmeas.

- então gente, eu descobri que cada uma das vítimas estavam solteiras, mas eles frequentavam o mesmo café porém nunca falaram uma com a outra - a Garcia fala.

- talvez seja lá que o elemento fantasia com os casais - o Morgan diz e eu rio.

- eu deveria te bater, porque eu também fantasio com casais, porém não ao ponto de matar por isso - eu falo e paro - é isso, o elemento tem raiva de casais e é por isso que ele os mata, é a pura inveja da felicidade alheia - eu completo meu raciocínio e olho pra Garcia - foi mal!

- você está me impressionando rainha do inverno - eu rio com o apelido novo - porém a Lila não contava que todas as cenas dos casais é inspirado diretamente por uma trilogia de filmes de romance, e as roupas das vítimas são iguais aos dos filmes.

- ah, pronto, mais uma fã maluca no mundo - eu falo ainda olhando para o mural.

- que filme é esse Garcia? - a voz da JJ soa pelo computador

- o filme se chama "Além do fio vermelho" e depois do primeiro filme é ruim como limão estragado, mas as cenas românticas são mesmo lindas - a Garcia fala e eu faço uma careta.

- esse filme é horrível - eu falo e a colorida me olha com indignação - nem as cenas fofas salvam.

- desculpa Garcia, mas a Lila tem razão - o Morgan fala e eu rio.

Just Like The RainOnde histórias criam vida. Descubra agora