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Dr. Spencer Reid

A Lila estava demorando, ninguém demora vinte e dois minutos para comprar ovos na rua de trás do meu apartamento, mesmo a Lila sendo desastrada com algumas coisas. Mas não importasse quantas vezes eu ligasse, sempre cais na caixa postal, então a JJ me liga, eu achei que fosse o Henry de novo.

- que foi garoto? - eu falo me sentando na mesa.

- Spence é a JJ, você está em casa? - eu assinto - liga a TV - eu alcanço o controle e ligo a TV que estava em um canal que passava jornal - continua no jornal.

"Acabei de ter novas informações, um acidente causou transito na frente de um mercado, informações da direto do local diz que um motorista bêbado acabou atropelando uma motoqueira, um segundo....tem certeza? Tudo bem...A vítima é uma Agente do FBI, Lila Winter da Unidade de Analise Comportamental. A Agente ajudou em muitos casos ao redor do país, é uma amiga de longa data de muitas pessoas presentes no estúdio. Agora ela está no hospital Flor del Campo lutando pela vida. Oremos para que melhore logo Agente. Vamos para o intervalo.

- Spence, a Lila não sobreviveu - a JJ diz ainda no telefone - Spencer?

Meu mundo desabou, eu fiquei um bom tempo ali até ter alguma reação, porque quando eu estou feliz algo vem e acaba com isso? 

Alguém bate na minha porta, mas eu não me levantei, não consegui fazer nada além de chorar. Então a JJ entra acompanhada do Morgan.

- Spence - ela me chama e eu a olho - eu sinto muito!

- ela...ela foi comprar ovos e...eu disse para ela não usar mais a moto - eu tento falar, mas as lagrimas começam a cair.

- não foi culpa dela e não foi culpa sua, foi culpa do cara que acordou hoje e decidiu sair bêbado de casa, a culpa foi dele - o Morgan diz se sentando ao meu lado.

- Spence - a JJ fala, mas para quando eu me levanto - os médicos disseram que ela não sofreu.

- isso é para eu me sentir melhor? Porque não funcionou - eu grito me levantando e andando até....sei lá aonde, mas eu queria sair dali. Qualquer pessoa iria se assustar, mas a JJ só me abraçou.

Não deixaram ninguém ver o corpo, disseram a mesma coisa que falávamos para todas as vítimas dos casos que trabalhamos. Nos disseram que não era como a gente queria nos lembrar dela, creio que eles tem razão. 

Depois de dois dias liberaram o enterro, acho que a Strauss tinha que liberar fundos para o enterro, o Rossi disse para deixar ela ao lado da família. Foi só no dia do enterro que realmente caiu a ficha, o amor da minha vida tinha sido enterrada assim como toda sua família, assim como uma vitima.

- ontem eu estava no escritório, a mesa da Lila já esta vazia, mas tinha um livro em cima da mesa, estava com um marca página no meio - eu começo a falar e todos me olham - o personagem está no mesmo lugar que eu estou - eu falo abrindo o livro na parte onde estava o marca páginas, eu respirei fundo algumas vezes antes de começar a ler.

"As lembranças preenchem o seu lugar, não importa o quanto eu tente vai ser impossível te esquecer. Você se tornou meu tudo.

Mesmo que eu não possa vê-la....

Mesmo que eu não possa ouvi-la....

Está tudo bem. Vai ficar tudo bem, mesmo com despedidas tristes e com meu coração machucado.

Eu tento te esquecer, mas a saudade aumenta cada vez mais, o tempo passa e eu choro cada vez mais. Como um destino que não pode ser traçado mais de uma vez.

Por mais que eu chore espero que esteja em um lugar melhor.

Adeus, meu amor. Eu vou esperar pelo dia em que nos entraremos novamente. Esse adeus é momentâneo.

Adeus, meu amor."

Just Like The RainOnde histórias criam vida. Descubra agora