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(ESTE CAPITULO CONTÉM SPOILERS DA TERCEIRA ATÉ A QUINTA TEMPORADA DE CRIMINAL MINDS)

Lila Winter

Virginia.

Hoje faz um ano que eu me juntei a equipe, para ser mais precisa faz um ano e duas semanas e meia, e nesse tempo aconteceu muitas coisas que abalou a equipe toda, até mesmo nas mínimas coisas.

Tivemos um caso de ataque terrorista, o Hotch perdeu uma amiga e ficou meio surdo por causa de um explosão.

A JJ ficou grávida e o Henry é uma gracinha, o Reid e a Garcia são os padrinhos, quando ele nasceu eu estava em Las Vegas ajudando o Morgan, Rossi e o Reid com um caso que envolvia os pais do Reid, a substituta da JJ fez um bom trabalho, mas ela não aguentou o tranco e eu não culpo ela. 

O Morgan virou o chefe da equipe. 

O Foyet pegou o Morgan, depois quase matou o Hotch e a família dele teve que se mudar para ficarem a salvos, o que não adiantou porque o Foyet achou o policial que cuidava da segurança dos dois e por isso conseguiu achar a Haley e o Jack, quando a equipe descobriu o Hotch já estava a caminho, se eu estivesse de moto eu podia ter chegado primeiro, mas eu estava de carro então chegamos depois do Hotch, quando chegamos o mesmo estava em cima do Foyet que já estava morto e ele desabou quando o Morgan o tirou de cima dele, quando seguimos para o andar de cima onde estava o corpo da Haley. 

Naquela casa, eu tive um flash de memória sobre a noite que minha família foi morta, eu tinha acordado com algo batendo na minha janela, eu me levantei e tinha um homem, com linguagem de sinais ele me pediu para abrir a janela e eu abri. Minha irmã mais nova nasceu sem a audição então minha mãe fez a família toda aprender línguagem de sinais.

No enterro eu nunca me vi chorando tanto quanto esse dia, não foi exatamente porque uma criança perdeu a mãe, claro que isso ajudou, mas foi mais porque minha família também foi enterrada no mesmo cemitério, depois de alguns anos eu tive que voltar para o Kansas porque os moradores acharam que minha família estavam assombrando a cidade, eu não quis arrumar briga e nem nada do tipo, então apenas aceitei mover os corpos para a Virginia, então é por isso que eu os coloquei aqui. Eu não chorei quando tinha muitas pessoas ao redor, eu só consegui chorar quando eu estava sozinha em frente ao túmulo da minha família.

Assim que parei na frente dos túmulos, eu me abaixei e fiquei olhando para as quatro lapides.

- sei que faz um tempo, mas eu estou aqui, queria que não fosse por outro enterro, mas aqui estou eu, eu....eu só quero me desculpar - eu começo a soluçar - eu deixei aquele monstro entrar, ele sabia da Joh, ele sabia que eu iria entender a linguagem de sinais, é tudo culpa minha - e eu desabei.

Eu ouvi um galho quebrar atrás de mim, dessa vez realmente tinha alguém atrás de mim, mas eu não liguei, a pessoa parou do meu lado.

- se ele sabia disso, então ele observava vocês, ele sabia quando iam dormir, o horário das aulas, eu não duvido que ele sabia o nome de todos os amigos da família - a voz do Reid se fez presente e então uma onda de vergonha por ele estar ali me vendo chorar apareceu.

- já estão indo? - eu me levanto e uso o lenço rosa que a Garcia me deu para limpar as lágrimas antes que caíssem no meu peito.

- sim, o Rossi me pediu para vir te chamar - ele responde e eu o olho, os olhos dele estavam vermelhos, assim como os de todo mundo no enterro.

- tudo bem - eu falo, mas antes de me afastar eu vejo um papel em cima da lápide do meu pai, eu pego e leio. 

"Estou com saudade. Com amor, Eddie."

- que isso? - o Reid pergunta se aproximando.

- era assim que minha mãe chamava meu pai, ela dizia que Edward era muito sério e que Eddie combina mais com a personalidade dele - eu fala depois de entregar o bilhete para ele.

Just Like The RainOnde histórias criam vida. Descubra agora