Oieee! Boa noite!
Primeiro de tudo; obrigada por tudo. Por todos os votos, por todos os comentários. Vocês são os maiores!
Espero que gostem.
Boa leitura.
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Setembro de 2001
II
Meus pensamentos eram como água em um caldeirão a 100 C°: quentes e borbulhantes. Queimando meus neurônios e minha capacidade de agir coerentemente. Se eu fosse esperto, teria me livrado de tudo, mas eu não era. Não tanto quanto pensei, ou quando o assunto era ela.
Para minha mãe não foi nenhuma surpresa quando, na manhã seguinte ao receber o convite do casamento dela, eu levantei cedo e tomei meu café depressa, na intenção de fazer uma visita a alguém do passado.
"Você vai se arrepender.", ela disse por trás de sua xícara de chá, e dando-me um olhar de repreensão. Eu queria tê-la escutado, queria mesmo, mas o impulso sempre fora um dos meus maiores defeitos.
"Volto para almoçar.", avisei e então saí, ignorando sua fala e batendo a porta da frente da casa com força, até aparatar alguns metros depois, em uma rua bem movimentada em Londres, e caminhei por apenas alguns minutos até estar em Westminster, e encarei por alguns segundos o prédio que escondia tanto segredo e magia. E de cabeça erguida, o adentrei.
O eco dos meus sapatos eram o único som com os quais eu me preocupava, enquanto caminhava pelos corredores de mármore escuro do Ministério da Magia. Algumas coisas não mudam com o tempo, e talvez jamais mudariam. Durante meu trajeto, senti alguns olhares pendendo para mim, mesmo depois de mudar de lado e de ajudar a salvar o mundo mágico, eles ainda não tinham esquecido que meu pai era servo de Voldemort, e que tinha sido condenado ao beijo do dementador no mesmo ano da queda do bruxo.
Como sempre fazia quando ia ao Ministério, ignorei qualquer que fosse a atitude ou ação que pudesse recair sobre mim de forma negativa, e só olhei ao redor quando parei em frente a sua sala, e observei os corredores e poucas pessoas que havia por ali.
Dei duas pequenas batidas na porta até que ouvi sua voz em um som abafado dizer um "entre".
Respirei fundo, tentando manter-me calmo e coerente, e não jogar - não de cara -, tudo o que estava ameaçando me afundar de novo... Adentrei a sala, sentindo outro turbilhão de sensações e sentimentos ao tempo que empurrava a porta atrás de mim, e buscava por seus olhos.
"Malfoy?", sua voz era sobrecarregada de surpresa e seus olhos verdes me analisavam por completo.
Anos passariam entre nós, mas ainda teríamos a mesma expressão quando nos olhássemos; surpresa e questionamento.
"Potter.", cumprimentei dando a ele um pequeno sorriso e sentando-me na cadeira em frente a sua mesa de mogno. "Espero não estar atrapalhando.", falei tentando soar casual e quase íntimo.
Potter piscou alguns segundos até se acostumar com a minha presença. Era engraçado como ele deixava transparecer todo o desconforto dele com apenas um encolher de ombros, e sua respiração cansada.
"Quanto tempo, Draco.", ele disse buscando meus olhos agora, suas mãos se entrelaçaram apoiadas na mesa e em seu queixo.
"Uma conversa." falei, prevendo sua pergunta sobre minha inesperada visita. "Talvez um chá...", ofereci um sorriso. "Não pretendo demorar muito. Tenho assuntos de negócios a resolver ainda antes do almoço.", finalizei.
O peito do moreno subiu e desceu em desgosto evidente. Eu via através de seus olhos verdes que ele tinha quase certeza do que me levara até ali, mas ainda rogava para estar errado, porque ele não queria me dar as respostas que eu fui buscar. Ele era irremediavelmente previsível.
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Shell Cottage - Dramione
أدب الهواةDraco é um homem regenerado. Depois da morte de seu pai, ele se tornou o responsável pelos negócios da família e em restaurar a reputação do nome Malfoy. Sua vida está nos eixos. Ou era isso que ele pensava. 3 anos depois de um romance fracassado, M...