Capitulo 11: Os sonhos não nos tornam reis

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Rhaenyra IV

Meu primeiro casamento foi feito pela fé dos sete. Comemoramos por três luas seguidas. Diversos lordes assistiram, foi uma celebração linda e me sentia eternamente feliz mesmo com os boatos caluniosos sobre minha reputação, a bastardia e as pragas que os deuses jogariam em nós. Na época concordei que os deuses me puniram, sumindo com toda a felicidade nos anos seguintes. Não por culpa do meu Harwin, mas sim por toda sua família.

Agora, caso novamente celebrando igual aos meus antepassados. Um casamento valiriano no meio de uma guerra. Com um homem que conheci durante o caos e a tormenta. Pela primeira vez senti o sangue do dragão em minhas veias. Não será uma comemoração de vários dias, não haverá diversos lordes abençoando a união, mas é com ele que posso ser eu mesma.

Não tínhamos vestimentas apropriadas, nem nada luxuoso, só queríamos unir nossos sangues. Daemon pegou a adaga de vidro de dragão e passou gentilmente a ponta no lábio inferior da minha boca. Em seguida repeti o ato. Cortamos cuidadosamente a palma das mãos e unimos nosso sangue enquanto derramava na taça que em seguida beberíamos.

Nos olhávamos compartilhando do mesmo sentimento de desejo e devoção. Enquanto bebíamos, o padre recitava em valiriano as palavras da nossa união.

Os lábios de Daemon se apertaram em um sorriso e cuidadosamente ele se aproximou e beijou minha boca. Inclinei minha cabeça para acomodar ainda mais o beijo, enquanto ele levava suas mãos em minhas bochechas me beijando até perder o ar. Então nesse momento senti que ele precisava de mim e eu dele.

***

Daemon me pegou pelos braços, carregando até seu quarto. Nosso a partir de agora. Me colocou devagar no chão indo até os guardas que vigiavam a porta.

— O que você foi fazer?

— Instrui para não ser interrompido até segunda ordem — disse rindo caminhando até onde estava.

Delicadamente ele passou suas mãos em meu rosto olhando profundamente em meus olhos. Sua boca se uniu a minha e seu beijo foi lento, como se me saboreasse pela primeira vez. Em resposta guiei minhas mãos até seus cabelos massageando a nuca e puxando ainda mais perto para sentir seu calor. Quando parávamos para respirar, leves sorrisos intercalavam aumentando a intensidade do nosso desejo.

— Você é minha agora — disse sussurrando sedutoramente em meu ouvido me fazendo arrepiar.

— Diga de novo.

— Minha esposa.

Já fui amada, mas com ele parecia ser algo melhor, mais intenso, mais forte! Não conseguia conter meu sorriso. Então acompanhar as sutilezas do seu toque, se tornou um ato desafiador e nosso desejo, e fogo só aumentaram. Suas mãos mapearam a curva da minha cintura e as minhas aventuraram seu abdômen, tracejando as unhas, demarcando o corpo que agora era meu.

Ele rasgou o vestido sem paciência para desamarrar os diversos laços das costas. Comemorei naquele momento por ser um vestido simples.

— Depois te dou outro — respondeu ao meu olhar com seu sorriso canalha, beijando meu ombro e passando a língua na clavícula, me fazendo perder todos os sentidos.

Soltei um suspiro quando suas mãos encontraram meus seios, espalmando e se inclinando para devorar sem cuidado. Com sua boca ocupada, suas mãos direcionavam até meus quadris, me puxando com mais firmeza contra seu corpo, querendo sentir o calor da minha pele. Era demais sentir tanto tesão e fogo por uma pessoa. Puxei seu cabelo o trazendo de volta para minha boca.

— Não serei delicado com você, se continuar me provocando.

Apenas seus murmúrios baixos eram suficientes para me deixar molhada. Daemon carregou-me até a cama com minhas pernas envolvidas em sua cintura. Me jogou sem cerimônia e seus olhos se aventuraram em cada parte do meu corpo, me fazendo sentir um calor ardente da forma como me desejava.

Um dragão não é um escravoOnde histórias criam vida. Descubra agora