Cap. 08

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Por um momento, Klaus achou que poderia estar sonhando, mas ele ouviu de novo e acordou.

Gargalhadas.

Quando ele abriu os olhos, viu que já era de manhã, o Sol entrando pela sua janela.

Ele se levantou, e pensou consigo mesmo o por que aquelas paredes deixaram entrar o som de gargalhadas. Foi então que percebeu que na verdade, vinha de fora, e ele só ouviu, pois a janela estava aberta.

Ele olhou pela janela, e não segurou o sorriso que veio a seguir.

Aparentemente, Harry e Amelia tiveram a ideia de regar as plantas do jardim, mas pelo a situação dos dois, Klaus suspeitou que uma guerra de água estava rolando ali.

Os dois estavam todo encharcados.

Niklaus gostou como o cabelo de Harry ficou quando molhado, a camisa dele estava colado no corpo por causa da água, e ele sorria brilhante para Amelia.

Klaus saiu de perto da janela, encantado.

E enquanto se movia para o banheiro, tomar um banho, Klaus continuou ouvindo às risadas dos dois.

———————-

Harry correu ao redor das flores de girassol e sentia a bochecha arder de tanto rir.

- Pare com isso Lia, - Harry dizia entre gargalhadas.

-Você que começou Harry. - Ela dizia enquanto jogava mais água nele.

Os pelos do braço de Amelia se arrepiaram e ela sentiu algo na sua nuca, como se tivessem dois ferrões ali.

Ela levou a mão para a nunca e olhou para trás.

- Harry, venha para perto. - Amelia pede séria agora.

Harry imediatamente faz o que Amelia lhe pediu e se aproxima.

- O que foi? - Harry pergunta baixo. - O que você viu?

- Não sei. - Amelia diz a verdade.

Harry tentou olhar pra onde Amelia olhava, mas não via nada.

Do outro lado, surgiram duas silhuetas, mas Amelia estava focada em algo além das árvores, em sua frente.

As duas silhuetas chegaram tão rápido atrás de Harry que Harry nem notou.

- Klaus coleciona crianças agora? - Perguntou uma voz masculina, tirando Amelia de sua atenção e ela se virou, assim como Harry.

- Acho que se deve esperar de tudo de Klaus. - A mulher respondeu.

O homem era jovem assim como a mulher.
Ele tinha os cabelos não tão escuros, ele era bonito e de certa forma lembrava Klaus.
A mulher era loira, sorria para os dois, tão bonita que poderia ser facilmente uma modelo.

Amelia se colocou em frente de Harry, como se fosse automático.

- É um prazer lhes conhecer, - Amelia diz. - Imagino que sejam Kol e Rebekah.

A mulher sorriu lindamente.

- Sim, - Rebekah responde, depois algo lhe passou pela cabeça e o sorriso caiu. Ela notou os dois molhados, mas também notou todo o jardim regado. - Céus, me diga que Klaus não está fazendo vocês, tão jovens de empregados nessa casa.

Harry fez uma careta, imaginando o por que, todos sempre pensam e esperam o pior de Klaus.

Kol olhou direto para Harry, que fez a careta e deu um passo em sua direção.

- Você é muito bonito rapazinho, - Kol diz ainda o olhando e Harry o olha também. - Que olhos lindos.

- Acho que eu não faria isso se fosse você. - Amelia diz num aviso.

- Desculpe, são namorados? - Kol pergunta. - Aceitam um terceiro?

Amelia segurou a vontade de rir.

- Não, somos irmãos, mas Klauzinho não vai gostar de você estar dando em cima de Harry. - Amelia lhe responde.

Kol ergue uma sobrancelha.

- Klauzinho? - Kol pergunta, sorrindo ainda mais.

- Ja falei para não me chamar assim Amelia. - Klaus diz, ja ao lado dos dois, em frente aos irmãos. - Kol e Rebekah, Elijah avisou que chegariam.

Klaus gravava as unhas forte nas mãos, seus punhos fechados.
Ele poderia gravar uma estaca tão fundo no irmão, que nem o homem mais forte do planeta o tiraria.
Ele faria isso só pelo fato de olhar daquela maneira para Harry, ou falar daquele jeito com ele.

Klaus estava com ciúmes, e esse sentimento queimou sua garganta, o deixando ainda mais bravo.

- Sim, avisamos para que não nos matasse, quando entrássemos na propriedade por engano. - Rebekah fala sorrindo.

Kol ainda olhava para Harry e isso não facilitou para que Klaus se acalmasse.

- Vou avisar somente uma vez, - Klaus diz, sua voz estava grossa e transmitia toda sua raiva. - Se continuar a olhar assim para o meu Doce, não me importa que seja meu irmão, eu lhe matarei sem chance de voltar à vida.

Rebekah deixa sua boca cair em choque.
Kol olha estranho para Klaus.

Os dois sem acreditar no que ouviram.

- Que tal se entrássemos e só conversarmos para tirar as dúvidas e falar sobre? - Elijah fala aparecendo. - Rebekah, Kol, prazer em revê-los.

Rebekah foi na frente, totalmente espantada demais para falar alguma coisa.
Kol logo atrás.

Amelia olhou para Elijah.

- Algo, na floresta. - Amelia diz somente.

- Na verdade irmãos, - Elijah fala, olhando Rebekah e Kol. - Precisam que venham comigo.

Elijah andou, sendo seguido pelos irmãos.

Klaus estava em silêncio.

Estava nervoso demais para seguir os outros e ver do que Amelia estava falando.

- Klaus? - Harry chama preocupado.

Klaus olhou nos olhos de Harry, quase se perdendo ali.

- Foda-se. - Klaus fala, pegando Harry no colo. - Siga eles Amelia.

Klaus manda e entra na casa, em um instante, quando Harry piscou, ele estava no quarto de Klaus, a porta e a janela fechada.

Klaus colocou ele no chão.

Klaus estava com um olhar diferente, mas isso não assustou Harry.

Mas estar preso em um quarto todo fechado, com Klaus o deixou meio nervoso.

- Você está bem? - Harry lhe pergunta.

Klaus estava respirando fundo.

- Não, - Klaus o responde. - Estou quase me virando e indo matar meu irmão.

Harry arregalou os olhos, sem acreditar no que ouvia.

- Por que? - Harry pergunta.

- Por mexer com algo que é meu. - Klaus fala se aproximando de Harry.

Harry não conseguia, nem se quer dar um passo, pois estava preso entre Klaus e uma
parede atrás de si.
Mas o mais importante, é que Harry não queria dar um passo.

- Está tudo bem, eu nem notei que ele estava dando em cima, até Amelia falar algo. - Harry confessa.

- Você é meu Harry. - Klaus diz entredentes. - E quem ousar tentar encostar em você, vai morrer.

Klaus se aproximou e levou a boca dele no pescoço de Harry.

O cheiro era incrível, Klaus sentia as veias de Harry pulsar com o sangue correndo rápido.

Sem pensar direito no que estava fazendo, Klaus o mordeu.

Não com força, nem se quer sugou o sangue, deixou somente sua mordida ali.

Ele se afastou devagar e Harry levou a mão para a mordida, sentindo um pouco de dor.

- É uma marca, pra provar que é meu. - Klaus diz. - E quando finalmente eu lhe ter de todo o corpo, você terá essa marca no corpo inteiro.

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