Num universo paralelo, Paris não tem heróis, e muito menos, vilões, mas existem famílias poderosas que nem sempre são tão perfeitas como costumam dizer.
A família Dupain-Cheng era um exemplo, dona da linha de perfumes e fragrâncias mais famosas da F...
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Finalmente o almoço acabou, eu sabia que trazer essa garota aqui traria problemas, mas esse era o único jeito dela me ajudar e eu não sabia que ela abriria aquela boca na frente da minha mãe.
— Aqui, — a entrego uma escova de dentes. — é nova, pode usar.
— Obrigada. — vejo ela entrar no banheiro e fechar a porta.
Vou até minha penteadeira para pentear meu cabelo e ajeitá-lo num coque simples que não tinha tanto mistério, eu realmente estava com calor.
Essa garota não é confiável, ela é esperta demais, não é uma cabeça oca igual a Chloé. E graças a essas duas, mamãe vai me dar uma bronca mais tarde bem merecida.
Suspiro desanimada tentando diminuir a intensidade que mordo meus lábios, preciso parar com isso. Puxo uma de minhas gavetas para guardar a escova de cabelo na penteadeira branca, mas acabo notando algo de estranho.
" Isso aqui não fica aqui." — Penso de imediato ao ver meu acessório de cetim para amarrar o cabelo na terceira gaveta.
Vou até minha cama desconfiada com aquilo e me sento sobre o edredom macio e confortável de pelúcia enquanto amarro meus fios azuis no coque em que eu queria pensando em como o acessório parou lá.
Respiro fundo já sabendo a possível resposta para isso enquanto aguardo a morena sair do banheiro. Só tem uma pessoa diferente que entrou no meu quarto hoje.
Assim que a responsável pelo jornal do Françoise coloca os pés para fora do banheiro ao abrir a porta branca de madeira abro minha boca para questioná-la:
— Por que estava mexendo nas minhas coisas? — me viro olhando para ela tentando controlar minha irritação.
Ela pisca confusa e corresponde meu olhar estática.
— Como descobriu?
— Não descobri. — respondo simples. — Joguei verde para ter certeza.
Escuto ela praguejar um "droga".
— O que você quer, Alya ? — me levanto indo em sua direção.
Estou cansada desse teatrinho medíocre para nos tornarmos "melhores amigas", se a morena tem segundas intenções não poderá reclamar se descobrir a existência das minhas.
— Tenho total noção que você não gosta da Chloé e que só me ajudou com as líderes, porque queria vir na minha casa. — me aproximo intercalando meu olhar entre alguns espaços e seu rosto conseguindo intimidá-la. — Esse foi o nosso trato, certo?
Vejo a garota morder os lábios demonstrando um pouco de nervosismo. E assim começo a rondá-la em círculos com meus braços cruzados.
— O que tem de tão interessante na minha casa para você esquecer que a princesinha do prefeito quase arruinou a sua vida para ajudá-la? — paro na frente dela analisando sua reação.
