Num universo paralelo, Paris não tem heróis, e muito menos, vilões, mas existem famílias poderosas que nem sempre são tão perfeitas como costumam dizer.
A família Dupain-Cheng era um exemplo, dona da linha de perfumes e fragrâncias mais famosas da F...
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A filha da mãe é uma mentirosa das boas, quando acordei depois da cirurgia, Marinette não estava mais lá, mas meus pais estavam no quarto. Poucas horas depois foram meus amigos e até a insuportável da minha prima apareceu, mas nada da babaquinha vir junto.
Fiquei uma semana sem ir para a escola sendo socado de antibiótico, uma tortura ficar em casa, mas meus amigos acabaram vindo me ver depois dos treinos e eu sinceramente não sei se isso me ajudou.
Plagg me irritou mais que o normal depois que falei do que aconteceu para eu parar no hospital ainda acompanhado da Dupain-Cheng. De acordo com ele, agora eu também iria entrar em uma espécie de coleira.
Como se Marinette quisesse colocar uma coleira em alguém. Aquela garota não veio nem me visitar, não que eu me importe com isso, mas e a porra da consideração? Passamos muitas coisas juntos naquele dia, eu esperava que no mínimo sua promessa não fosse da boca para fora.
— Vai lá agradecer ela por fornecer uma rinoplastia surpresa em você. — escuto Plagg resmungar ao meu lado enquanto a Dupain-Cheng passa na nossa frente como se nada houvesse acontecido.
Forjo uma risada visivelmente forçada e arrastada para o marmanjo crianção que não parava de tagarelar naquela manhã.
— Você deveria falar com ela. — me viro agora para o Couffaine que apontava sutilmente para a cabelereira longa azul semipresa que se afastava de nós.
— Para ela me ignorar ? — franzo minhas sombrancelhas já cansado dessa história.
— Para agradecer ela por ter ficado com você antes da cirurgia.
— Ela foi o motivo de eu precisar de uma cirurgia. — cruzo os braços dizendo o óbvio. — Marinette fez o mínimo.
— Ele é um idiota mesmo. — o Lahiffe murmura para Luka.
— Eu estou aqui. — praguejo cortante para os dois enquanto guardo minhas mãos em meus bolsos voltando a focar minha atenção nos corredores e no meu caminho.
Hoje eu teria treino de esgrima.
— Alya me pediu para não dizer isso... — Nino suspira obviamente fazendo o que sua dona reprovava. — Mas a Marinette só te deixou lá, porque seus pais insistiram que ela fosse dormir.
Droga.
Uma leve esperança já faz meu corpo ficar animado com a possibilidade de apenas eu ter me enganado.
— Como? — questiono confuso.
— A garota ficou até você voltar para o quarto, mas seus pais disseram que era melhor a garota descansar já que ela estava dormindo em pé.
Isso é impossível.
A Dupain-Cheng ficou me esperando?
Aperto meus punhos fortemente tentando controlar minha ansiedade em relação àquilo.
