Num universo paralelo, Paris não tem heróis, e muito menos, vilões, mas existem famílias poderosas que nem sempre são tão perfeitas como costumam dizer.
A família Dupain-Cheng era um exemplo, dona da linha de perfumes e fragrâncias mais famosas da F...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
As madeixas loiras estavam molhadas, extremamente úmidas na verdade, era possível ver as gotas pingarem, não só dos cabelos, mas também escorregavam pelo abdômen perfeitamente esculpido. Não era exagerado, o "tanquinho" era formado sutilmente, natural eu diria.
Uma irritação domina meu corpo quando vejo os lábios na cor pêssego formarem um sorriso malicioso.
- Gosta do que vê, senhorita Dupain-Cheng? - pergunta travesso secando os fios com a toalha que estava na mão.
- O que você está fazendo aqui? - mantenho minha postura séria.
- Você adora ignorar os outros, já pensou como seria desfrutar do próprio veneno? - anda até uma porta que noto ser um closet.
Reviro meus olhos em resposta ao seu comentário.
- Não respondo perguntas que não são do meu interesse. - digo simples.
- Sério? - escuto a voz dele de longe. - Não havia percebido. - comenta com uma risadinha sarcástica embutida.
Ele volta para o quarto só que dessa vez com uma calça preta cobrindo o local que antes havia apenas uma toalha branca.
- Por que você está aqui? - pergunto cansada. - Não deveria estar com a sua ficante privativa? - debocho com minha melhor face de desdenho.
- " Ficante privativa?" - faz um semblante de nojo. - Desde quando a Lila é tudo isso? - o tom do descarado sai natural deixando clara a sua sinceridade.
- Eu só digo o que escuto. - faço cara de inocente. - E sabemos muito bem que ela quer muito mais que isso.
- Você tem algum problema com isso? - ergue as sombrancelhas para mim sugestivamente.
Solto um curto riso falso nasalado.
- Nenhum, você e ela não são do meu interesse. - sorri para ele com os dentes fechados.
- Vou levar isso como uma ofença. - diz melancólico.
O garoto vai até uma das portas rolantes do grande guarda roupa de vidro opaco preto e a abre pegando uma blusa masculina de dentro do móvel.
Só aí que me dou conta da burrada imensa que eu fiz.
Roupas masculinas no quarto de Chloé não faz nenhum sentido.
- Esse quarto é de quem? - pisco em sua direção confusa.
- Do Plagg. - responde simples ainda de costas para mim passando a blusa pelos ombros.
Arregalo meus olhos assustada.
Como vim parar aqui?
- Achou que fosse de quem? - ele se vira para mim parecendo ter notado minha atual confusão.
