Num universo paralelo, Paris não tem heróis, e muito menos, vilões, mas existem famílias poderosas que nem sempre são tão perfeitas como costumam dizer.
A família Dupain-Cheng era um exemplo, dona da linha de perfumes e fragrâncias mais famosas da F...
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O meu corpo inteiro está formigando e eu não sei exatamente qual é o motivo ou o sentimento que está me causando isso já que no momento sinto um misto de emoções, estou fora de controle e odeio isso, parece que minha mente está perdida.
Minha respiração está pesada demais e essa sensação é péssima, não entra ar o suficiente em meus pulmões para que eu me sinta ao menos um pouco calma, isso me desespera assim como toda essa situação.
Eu não deveria ter saído de casa hoje, eu sabia disso, mas a droga do meu lado sentimental fez a idiota aqui se iludir que ao menos nesse ano eu poderia esquecer todo aquele pesadelo que eu vivi desde pequena, que esse dia seria apenas mais um normal ao lado do gato preto idiota ou mesmo se eu ficasse só com Nath e Alya seria mais do que o suficiente.
Acabo me assustando pelo contato repentino das mãos masculinas em meu rosto me tirando dos meus pensamentos no mesmo instante, sua mão estava quente assim como o resto de seu corpo próximo a mim, o polegar fazia movimentos circulares com delicadeza na pele de minhas bochechas enquantos seu olhar ofuscante se concentrava apenas em mim.
— Você está chorando? — as orbes esverdeadas parecem preocupadas ao analisarem meus olhos.
Seguro suas mãos em meu rosto as retirando dali de imediato logo em seguida me afastando vagamente dele. Respiro fundo tentando controlar minhas emoções e acalmar minha respiração, limpo com meu indicador abaixo dos meus olhos, eu nem havia sentido quando as lágrimas começaram a descer.
— Por que vocês fizeram isso? — cruzo meus braços acariciando os mesmos tentando aquecê-los enquanto fico completamente de costas para ele.
— O que está acontecendo, Marinette? — novamente as mãos maiores agarram minha cintura fazendo questão de me deixar de frente para si e meu corpo traidor responde bem ao seu toque como de costume.
— Eu perguntei primeiro. — não tento me afastar dessa vez, porque sei que ele não deixaria e assim ficaríamos em um ciclo cansativo que não estou nada disposta a manter. — Não tem como só responder a droga da minha pergunta?
O Agreste semicerra suas pálpebras em minha direção parecendo me analisar, ele sempre fica assim quando está pensando em algo ou quando tenta de algum jeito me intimidar, mas seu suspiro derrotado junto dos ombros agora caídos é o sinal perfeito de bandeira branca antes que o mesmo volte a falar.
— É o seu aniversário. — sua entonação era algo tão simples. — Queríamos fazer uma surpresa para você.
Ninguém nunca fez esse tipo de surpresa para mim, mas mesmo assim posso afirmar com toda certeza que odeio surpresas, todas elas acabam trazendo resultados ruins como essa está me trazendo agora.
— Você é importante para todo mundo lá em baixo, amor. — o seu corpo se aproxima ainda mais de mim pela forma que ele intensiona o seu aperto, mas não me movo apenas me permitindo a aceitar aquele carinho, seu queixo acaba sobrecaindo no topo da minha cabeça logo depois que sinto ele beijar o lugar.
