Num universo paralelo, Paris não tem heróis, e muito menos, vilões, mas existem famílias poderosas que nem sempre são tão perfeitas como costumam dizer.
A família Dupain-Cheng era um exemplo, dona da linha de perfumes e fragrâncias mais famosas da F...
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Faz semanas que eu estou nesse lance "casual" com a Dupain-Cheng, mas não acho que isso vai durar por muito tempo.
Ontem vi um calouro olhando para a saia dela num ensaio e acabei mandando o moleque fazer cem flexões no treino por motivo algum, apenas pelo simples fato de sua cara ridícula ter me irritado.
Se dependesse apenas de mim já teria dito para toda a escola que a gente está ficando, mas a garota não quer de jeito nenhum.
— Se você ficar com essa cara estranha, eu vou embora. — ela resmunga enquanto leva uma pipoca a boca.
— Culpa sua. — murmuro de volta com um bico.
— Eu não fico assim quando meio mundo olha para a sua bunda naquele seu shortinho nos treinos, deixa de ser chato.
Odeio quando ela tem razão.
— Você parece o "Chat Noir". — aponta para o personagem do anime que estamos assistindo.
Analiso o personagem e acabo sorrindo de lado, o carinha usava couro e era bonitão, já gostei.
— Tem razão. — pego a pipoca da mão dela e deposito na minha boca.
Marinette faz uma cara irritada e eu sinto vontade de rir dela. Quando ela fica brava acaba fazendo um movimento fofo com o nariz me dá vontade de provocá-la ainda mais.
— Nós dois somos gatos. — sorri de lado piscando.
A outra faz questão de negar com a cabeça rapidamente colocando sua mão em meu rosto desmanchando minha bela expressão convencida de propósitos antes de voltar a falar:
— Na verdade não, vocês dois são muito ciumentos e irresponsáveis. — diz como se fosse óbvio retirando sua mão que tampava minha visão.
— Quando eu fui irresponsável? — seguro suas mãos as levando até minha boca de forma que eu não a deixasse mais escapar de mim.
— Você esqueceu que eu estou na sua casa, sentada na sua cama sem os seus pais ao menos saberem de algo? — o pequeno nariz arrebitado dela está erguido ao ar deixando clara sua posição de "superior" quando ela fala algo com muita entonação ou certeza.
Fico em silêncio sem respostas e a Dupain ainda tem a audácia de rir pela minha falta de palavras, então aperto seu nariz levemente por sua distração momentânea fazendo a garota criar uma careta que ainda não consegue retirar minha atenção do quanto ela era bonita.
— Você também parece muito uma personagem do anime. — Tento provocá-la assim que a azulada tira minha mão de seu nariz.
— Deixa eu adivinhar... — finge estar pensativa com uma expressão forçada que exprime ainda mais seu sarcasmo. — Você vai dizer que eu pareço a loira mimada que é filha do prefeito. — faz um olhar de tédio. — Nenhum um pouco criativo, gatinho. — leva o indicador aos meus lábios os fechando.
